O conjunto de ilhas que rodeia El Nido fazem desta região um dos locais mais bonitos do Mundo e também um dos mais visitados. Palco de filmes e programas de televisão, esta região do norte da ilha de Palawan é de facto um sonho. Por duas vezes a visitei e em ambas ficou o desejo de voltar. Bom, na verdade, da última que por lá estive senti a forte pressão do turismo. Destino da moda, El Nido tenta modernizar-se e nem sempre as coisas correm bem.

“Optei sempre por ficar mais afastado do centro”

Para chegar aqui, o melhor que tem a fazer é voar de Manila para Puerto Princesa, a capital da ilha. Daqui, há inúmeras empresas que fazem o trajeto de van para El Nido. Cobram em média 16 euros e têm ar condicionado. Também pode optar pelo avião, mas para além de caro não é tão divertido. Uma vez chegado à cidade, há inúmeras opções de alojamento, para todos os gostos e preços. Das duas vezes que visitei optei sempre por ficar mais afastado do centro, demasiado movimentado, no Orange Pearl.

A cidade é só o ponto de partida para as ilhas que circundam El Nido

Para que percebam a evolução da região, quando ali estive a primeira vez, em 2014, este hotel tinha meia dúzia de quartos. Dois anos mais tarde já estava a crescer e atualmente tem dois pisos. Desaconselho a ir lá? De todo. A cidade é só o ponto de partida para as ilhas que circundam El Nido. Aqui sim, a beleza continua intacta, apesar de haver cada vez menos corais.

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Como chegar a elas? Tudo muito fácil. As excursões ou island hopping, como lhe chamam, divide-se em A, B, C e D. A partir daqui é começar a fazer todas. Cada uma custa cerca de 24 euros proporciona visitas a várias ilhas não habitadas. O melhor é sempre tentar ir num barco privado, contratado diretamente aos pescadores em Corong Corong Beach, a sul da cidade. Se for com amigos fica mesmo mais barato. Todos os passeios têm 8 horas de duração e incluem paragem numa ilha deserta para almoçar. O repasto inclui peixe assado na hora, marisco, fruta, águas e sumos. Um conselho. Pelo sim, pelo não, evite o marisco.

“Começam a existir pequenos iates que fazem viagens privadas.”

Podia estar-vos a descrever qual dos quatro passeios é o melhor, mas na verdade todos o são. Talvez o A e o D sejam os que mais enchem o olho. Nos dois percursos pode ver praias escondidas, com acesso por baixo de água. Tem ainda lagoas de cortar a respiração e praias sem ninguém de águas translúcidas. Fazer snorkelling, andar de canoa, stand up paddle e mergulho são as atividades mais requisitadas na ilha. Também começam a existir pequenos iates que fazem viagens privadas.

A comida filipina da região é feita à base de vegetais, peixe e carnes brancas

O clima de El Nido é sempre quente e húmido, mas a temperatura da água varia. Da primeira vez que por lá passei, em setembro, apanhei águas a rondar os 26 graus. Da segunda, em março, baixou para os 21,22 e estava cheia de medusas o que tornava o snorkelling bastante desagradável.

A comida filipina da região é feita à base de vegetais, peixe e carnes brancas. Nos restaurantes do centro pode encontrar comida ocidental e jantar com os pés na areia… você e dezenas de pessoas. Há bares e muita animação noturna. Se tivesse de sugerir um destino para jovens na sua primeira viagem, El Nido está entre eles. É seguro e tem tudo o que é preciso para entusiasmá-los no mundo das viagens: aventura, paisagens instagramáveis, segurança e muita animação.

Se procura um pouco mais de sossego, Coron é uma ótima alternativa

Aliás, desde que a conhecida Ibiza da Ásia, a ilha filipina de Boracay, fechou para recuperar da pressão do turismo, El Nido recebeu muitos dos que para aí costumavam ir. Talvez agora, que Boracay voltou a abrir portas, esta região se tenha reequilibrado. Se procura um pouco mais de sossego, Coron é uma ótima alternativa e uma região um pouco mais virgem do que esta. O acesso é feito de avião desde Puerto Princesa e depois de Coron para El Nido, apanha um ferry, que dura cerca de 8 a 10 hora a fazer o trajeto.