Nova Iorque: A cidade onde são realizados os sonhos

Nova Iorque: A cidade onde são realizados os sonhos

Artigo de Redação 31-01-2024

31-01-2024


São mais de oito milhões de habitantes, quase tantos como em Portugal. Muitos são americanos, que aqui chegam em busca de oportunidades e outros tantos são estrangeiros, que largam o seu país em busca de uma história de cinema. Nova Iorque tem uma magia única e muito especial, que é fonte de inspiração de músicas, filmes, peças de teatro e tantas outras formas de arte.

Porém, a “selva de cimento” nem sempre foi o que é hoje. Atravessou as imensas fases complexas de crises económicas, a tensão das Guerras Mundiais, os assaltos de gangues, as manifestações, as revoltas, o abuso de drogas pesadas e uma epidemia de sida (nos anos 80). Todos estes acontecimentos acabaram por promover e fazer crescer o seu nível artístico, histórico e cultural de uma forma ímpar. Os anos 90 foram de desenvolvimento e prosperidade, tendo sido cruciais para a construção da identidade atual de Nova Iorque: uma cidade livre, segura, cosmopolita e extremamente dinâmica, onde tudo pode acontecer e onde é impossível sentir-se sozinho no meio da multidão anónima. Capital de espetáculos musicais, arte, gastronomia, arquitetura, fotografia, moda, música e cinema, Nova Iorque tem sempre algo para oferecer.

O início do milénio veio arrasar novamente com os nova-iorquinos quando, em Setembro de 2001, um ataque terrorista destruiu os dois arranha-céus do World Trade Center, um dos complexos mais carismáticos da cidade. Talvez como nunca antes na História, a cidade uniu-se e, ao mesmo tempo que limpavam os escombros e reconstruíam o, chamado, Ground Zero, recuperavam também a autoestima.

Quem chega a Nova Iorque, pela primeira vez, relata sempre a mesma sensação: a de que já lá tinha estado. A cidade que mais alimenta o imaginário ocidental foi filmada, fotografada e homenageada tantas vezes que é como se o visitante conhecesse as ruas, as placas, os jardins e os prédios. Ainda assim, surpreenda-se com os painéis luminosos de Times Square, passeie-se pela 5th avenue, delicie-se com um gorduroso bagel, desfrute do Central Park e da companhia dos esquilos, perca-se em Chinatown e não deixe de apreciar um musical da Broadway. Porém, qual é a regra para conseguir viver o máximo de Nova Iorque num curto tempo de férias? Esquecer o mapa e deixar-se levar pela dinâmica acelerada e fascinante dos nova-iorquinos.

Manhattan

Os cerca de 20 quilómetros de comprimento da península de Manhattan estão divididos em bairros e zonas. Um território plano, de largas avenidas e ruas perpendiculares, com o Central Park a meio, limitado pelos bairros Upper East e Upper West Side e, a sul, Midtown. É em Manhattan que tudo acontece. Concentre-se nas zonas mais centrais, desde a avenida que limita o Central Park, a norte, até Lower Manhattan e ao Finantial District. Pelo caminho, passará por Hell’s Kitchen, East e West Village, Greenwich Village, Lower East Side, Nolita, Tribeca, SoHo, Chinatown e Little Italy.

Chinatown, Little Italy, SoHo e Harlem

São, talvez, os bairros mais interessantes e emblemáticos que não pode deixar de visitar. Encostados a Lower Manhattan (excluindo Harlem, que fica a norte do Central Park), formam uma rede de culturas e tendências indissociável do que é Nova Iorque, para além do capitalismo e do luxo.

Chinatown é o entrar num outro mundo dentro do mundo que é Nova Iorque. Aqui vivem mais de 150 mil chineses e, recentemente, vietnamitas. A comunidade mantém os rituais religiosos e gastronómicos, adaptando-se ao consumismo da cidade, com grandes lojas, caves e armazéns muito procurados por moradores e turistas.

Little Italy, sim, perdeu o carisma que chegou a ter em meados do século passado, quando Martin Scorsese aqui viveu. Hoje é um bairro maioritariamente turístico, que se reformulou nas zonas de NoHo e Nolita devido à abertura de lojas, cafetarias e restaurantes, ao estilo cosmopolita e artístico de SoHo.

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Bairro artístico da cidade por excelência e tradição, nos anos 50, SoHo foi morada de músicos, pintores, escritores e demais criativos, devido à quantidade de edifícios industriais de ferro que se foram transformando em ateliers e lofts residenciais de baixo custo. Local ditador de tendências durante anos, deixou de o ser quando as rendas subiram e os artistas se deslocaram para outras zonas da cidade, como Dumbo e Chelsea. Hoje, é um dos pontos de referência do mundo da moda e um local imprescindível para quem quer fazer compras.

Já Harlem é bem diferente de tudo isto. Bairro histórico da comunidade afro-americana, durante mais de 100 anos, protagonizou alguns movimentos artísticos dos anos 20 e foi ponto de partida para os movimentos pelos direitos civis dos negros, nos anos 60. Harlem é, hoje, um bairro relativamente seguro e deveras interessante graças às sessões de jazz do Cotton Club, o Lenox Lounge, o Apollo Theather, o Studio Museum e o Schomburg Center of Black Research.

Arte, história e cultura

Falar de Nova Iorque sem referir arte não seria possível. Entre os museus mais interessantes do Mundo, aqui ficam pelo menos dois: o Museum of Modern Art (MoMA) e o Metropolitan Museum (MET). O MoMa, que em 1929 tinha apenas oito gravuras e um desenho, sofreu uma enorme remodelação em 2004 e a sua coleção permanente de arte moderna, com mais de 135 000 peças únicas, é magnífica. Van Gogh, Picasso, Matisse, Giacometi, Chirico, Brancusi ou Warhol são apenas alguns nomes presentes. O MET é um enorme “armazém” com mais de dois milhões de objetos que nem sempre estão expostos. Esteja atento às exposições temáticas temporárias que costumam atrair filas e filas de visitantes.

Se é um admirador de arquitetura, não pode perder o Solomon R Guggenheim Museum, cujo edifício é, em si mesmo, uma obra de arte. Construído na década de 50 sob a conceção de Franck Lloyd Wright, é um edifício-escultura de traços únicos. Lá dentro pode ainda ver obras de Picasso, Chagall, Pollock, Kandinsky, Luet, Van Gogh ou Degas e um piso é dedicado apenas a exposições fotográficas.

Se a pintura e a escultura não são o seu forte e, principalmente, se viaja em família, o American Museum of Natural History, com o seu emblemático esqueleto de um dinossauro T-Rex, vai fazer as delícias de todos. Por último, e se prefere deliciar-se com artes performativas, não dispense uma visita aos teatros da Broadway e ao Lincoln Center, um complexo de 6,5 hectares, onde ficam o Metropolitan Opera House, o New York State Theater (onde têm lugar os mais aplaudidos espetáculos de dança clássica e moderna) e o Avery Fisher Hall.

As melhores compras

Para além do passeio incontornável pelas lojas da 5th avenue e da Madison Avenue, Nova Iorque tem muito mais do que lojas de luxo para oferecer. Não pode deixar de visitar os grandes armazéns Macy’s, Bloomingdale’s, Loehmann’s, Barney’s ou Saks Fifth Avenue, mas também deve arriscar uma visita a Chinatown, onde tudo pode parecer suspeito, mas onde encontrará boas pechinchas e ótimas réplicas de malas famosas. No bairro de SoHo, entre West Broadway e Prince Street, ficam as principais lojas das linhas de street wear. Em Mott Street, ao lado de Chinatown, ficam imensas lojas de segunda mão e sapatarias surpreendentes. Encontre aqui as lojas mais famosas de algumas marcas bem conhecida como a Apple, a M&M’s, a Nike ou a Disney.

Arranha-céus

Desafiar as alturas sempre foi algo muito próprio dos Estados Unidos. Talvez por isso, as imagens mais conhecidas de Nova Iorque tenham sempre arranha-céus no horizonte: a cidade tem mais de 50 edifícios, com mais de 200 metros de altura e mais de 50 andares. O primeiro arranha-céus digno desse nome terá sido o Chrysler Building. Erguido em 1930, é, hoje, o terceiro maior da cidade, com 77 andares. Em 1931, é erguido o Empire State Building, com 102 andares e 380 metros de altura. Depois do primeiro boom de construção em altura, dos anos 20 e 30, a cidade passou por mais dois: nos anos 60 e a partir de 2001. As torres gémeas do World Trade Center eram as mais altas da cidade, voltando o título a pertencer ao Empire State Building, depois da sua queda.

Desde os ataques do 11 de Setembro foram erguidos mais de uma dezena de novos arranha-céus em Nova Iorque, como a torre do New York Times, a torre Bank of America, a Bloomberg Tower ou o Spruce Street. Já o novo World Trade Center é composto por cinco novas torres, um memorial e um museu de homenagem às vítimas. Uma dessas novas torres é, atualmente, a mais alta da cidade, a One World Trade Center, que lidera os céus de Nova Iorque do alto dos seus 105 andares e 540 metros de altura.

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Percorra a galeria e veja mais fotos de Nova Iorque.

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Guia do viajante

Onde ir

Central Park
Times Square
5th Avenue
Grand Central Station
Broadway
Brooklyn Bridge
Rockefeller Center
Wall Street
Memorial 09.11
Estátua da Liberdade
Empire State Building
Chrysler Building
Flatiron Building
Daniel

Onde comer

Bill's Bar & Burgers
Eleven Madison Park
Ellen's Stardust Diner

Onde ficar

Club Quarters Hotel Rockefeller Center

Clima

A avaliar pela afluência constante de turistas, todas as alturas são boas para visitar Nova Iorque. O tempo fica mais ameno entre maio e setembro, com a exceção para o mês de agosto, em que pode fazer demasiado calor. O Inverno é frio, com neve e/ou chuva, entre novembro e abril.

Documentos

Para os portugueses não é preciso visto para estadias nos Estados Unidos inferiores a 90 dias. Caso tenha um passaporte de leitura ótica, com validade de mais de seis meses, necessita apenas de uma autorização, que é válida por dois anos e que deve ser preenchida online, até 72 horas do voo.

Outras Informações

Hora local: FMT -5 Moeda: Dólar americano (USD) Clima: Continental Melhor época para visitar: maio, junho, setembro e outubro

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