Bali: A ilha dos Mil Templos

Bali: A ilha dos Mil Templos

Bali: A ilha dos Mil Templos

Artigo de Redação 31-07-2023

31-07-2023


Um dos cenários encantados do filme «Comer, Rezar, Amar», Bali é uma ilha da Indonésia, com quase seis mil metros quadrados e com uma atmosfera especial. Paradisíaca, quente, viva, festiva é também um dos lugares que mais celebra o hinduísmo e o budismo ao contrário do resto da Indonésia que é maioritariamente muçulmana.

A palavra Bali, com a qual a ilha foi batizada no século IX, deriva de wali (ou wari), que tem origem no sânscrito e significa sacrifício oferecido ao deus, adoração, culto ou oferenda. Não é por acaso que existe um templo em cada esquina (estima-se que haja cerca de 20 mil santuários pela ilha).

Os balineses têm muito respeito pelos deuses e pelos demónios e a morte e a cremação são o maior motivo para uma grande celebração, com danças e peças de teatro, onde todos estão presentes, pois acreditam que esta vida é apenas uma mera passagem.

Em todo o lado vai encontrar um símbolo característico de Bali

Em todo o lado, casas, restaurantes, lojas, transportes, à beira mar e até na estrada, vai encontrar um símbolo característico de Bali e sentir que paira no ar, os Canang Saris, pequenas cestas feitas de folha de palmeira e recheadas com flores, arroz, fruta, rebuçados, incenso e moedas, que consistem em oferendas aos deuses.

No entanto consoante os locais onde são colocadas as oferendas têm significados diferente: sítios altos são para os espíritos do bem, já as colocadas no chão são para acalmar os espíritos do mal. Esta é a razão pela qual este povo gosta de morar no alto, nas montanhas, pois este será o lugar mais puro e mais próximo dos deuses. O mar, por sua vez, é o local de onde provêm os espíritos maus, razão pela qual os surfistas são vistos como seres muito corajosos em Bali.

A religião é tão forte que se mistura com a cultura local, de forma que muitas vezes é difícil separar uma coisa da outra. Bali vive principalmente do turismo, mas a outra atividade mais relevante do país é a agricultura, com o cultivo de arroz como produto principal por isso vale a pena conhecer os vastos e encantadores arrozais.

O que se pode comer em Bali

A gastronomia da ilha consiste numa mistura de receitas indianas, malaias e chinesas. O arroz domina grande parte da gastronomia e o Nasi Goreng é uma espécie de prato nacional. O peixe e a carne de frango são as proteínas mais encontradas nas ementas e a presença de ingredientes como o gengibre, a pimenta, o açúcar de palma, tamarindo e especiarias são quase obrigatórios. É fácil fazer refeições baratas e bem saborosas.

Apesar da grande popularidade do futebol em Bali, o desporto nacional tradicional são as lutas de galos ou “cockfighting”! As típicas casas balinesas, chamadas em inglês de compounds, são uma espécie de vila familiar, onde vivem todos os integrantes da mesma família. Sempre com um sorriso no rosto, os habitantes de Bali são meigos, simpáticos e sempre dispostos a ajudar.

Bali é o destino ideal para os surfistas e para quem adora praia e água quente

Dempassar é a capital provinciana de Bali e onde irá aterrar pois é aqui que se encontra o aeroporto. O destino ideal para os surfistas e para quem adora praia e água quente e cristalina mas além das praias, não deve deixar de visitar os templos, dos quais se destacam o Pura Uluwatu, Pura Tanah Lot e Pura Ulun Danau Bratan (o Templo do Lago).

Na região de Ubud poderá encontrar os famosos arrozais de Bali, que estão um pouco por todo o lado. Além disso, é por lá que fica a Floresta Sagrada dos Macacos, uma visita imperdível! Mas tenha cuidado com os sagrados animais, pois são animais selvagens e provocadores. Poderá comprar bananas no local para tirar fotografias e interagir com estes símios. Não tente tocar-lhes nem os encare nos olhos, pois receberá um sorriso “amarelo” e com dentes bem afiados prontos a trincá-lo.

Passe pela queda de água Gitgit e pelos três lagos

A norte da ilha, em Lovina Beach é possível apanhar um barco para ver os golfinhos, mas tem que ir bastante cedo e no regresso, para o sul, pode passar pela queda de água Gitgit e pelos três lagos (Danau Buyan Pancasari, Danau Tambligari e Danau Bratan), onde está o templo com o mesmo nome.

O difícil vá ser selecionar os sítios onde ir. Existem cerca de 20 mil santuários e templos, quase que se pode dizer que se sentem os espíritos nos quais os habitantes de Bali acreditam. As figuras de pedra guardam as ruas, com panos pretos e brancos à sua volta, simbolizando o balanço entre o bem e o mal.

Assim não deve deixar de conhecer os grandes templos Pura, Agung, Put Pura, Luhur Uluwatu (onde poderá ver lindo pôr-do-sol, embutido em penhascos a cerca de 100 metros de altura) situado na zona sul da península de Bukit Badung.

Pura Besakih é o local mai sagrado de Bali

O local mais sagrado de Bali é Pura Besakih, onde está localizado um dos grandes nove templos localizados nas encostas do pico vulcânico Gunung Agung, e que os habitantes de Bali acreditam ser aqui o “umbigo do mundo”.

Pura Besakih é chamado o “templo mãe” e engloba dezenas de espirais de telhados em palha e terraços ambientados com incenso e decorados com colares de flores. Durante o 10º mês do calendário lunar (março ou abril), o templo de Besakih recebe a maior peregrinação para celebrar a fé de que «todos os deuses descem juntos».

A norte da ilha, em Lovina Beach é possível apanhar um barco para ver os golfinhos, mas tem que ir bastante cedo e no regresso, para o sul, pode passar pela queda de água Gitgit e pelos três lagos (Danau Buyan Pancasari, Danau Tambligari e Danau Bratan), onde está o templo com o mesmo nome.

Para quem gosta de caminhadas é uma boa ideia subir até ao vulcão Batur para ver o nascer do sol.

Se gosta de mais movimento e vida boémia Kuta/Legian é a zona ideal. É uma das mais animadas de Bali e tem uma praia maravilhosa. Aqui pode divertir-se na noite nos bares, visitar as lojas e participar em vários tipos de diversões. Mergulhe na piscina com vista de mar pintado com o por do sol e com um saboroso cocktail na mão ao som de grandes Djs no Potato Head Beach Club conhecido mundialmente.

As motorizadas são o melhor meio de transporte e o pior. O trânsito é selvagem e as regras são poucas. O capacete não é obrigatório nem lhe vão pedir a carta de condução na hora de alugar a sua viatura, mas cuidado para não encontrar um polícia pronto para lhe ficar com algum dinheiro das férias e atenção: conduz-se pela esquerda.

A gasolina é muito barata e vendida em várias lojas utilitárias, dentro de garrafas de detergente e de bebidas alcoólicas e abastecida com funil. Se quiser deslocar-se sem grandes preocupações, opte por ir de táxi, mas prepare-se para estar sempre a negociar valores e para viagens demoradas em pára-arranca. Há ainda ainda (e mais barato) o miniautocarro – bemo.

Cidade de Ubud

É um excelente local para visitar galerias de arte, bem como artesanato das diferentes aldeias: em madeira, joalharia e pintura. Pode também visitar o museu Puri Lukisan, jantar ou almoçar num dos muitos restaurantes e dançar durante toda a noite. Ubud também é o local ideal para praticar rafting ou trekking.

Abençoada com um clima e localização geográfica perfeita, esta cidade tornou-se também famosa pelos cenários do cultivo de arroz, irrigados pelo sistema de irrigação tradicional de Bali, o Subak. Alugue uma bicicleta e visite as aldeias à volta de Ubud como Pejeng, Tegallalang e Campuhan, onde poderão apreciar o magnífico cultivo do arroz e admirar a paisagem da montanha e do rio.

O paraíso do Surf

As ondas gigantes de Bali são bastante conhecidas e já atraem os surfistas desde a década de 60. Normalmente, as ondas atingem mais de três metros de altura, tornando-se muito atrativas para quem pratica surf, mas também para quem quer experimentar esta modalidade, fazendo, por exemplo, um curso nas diversas escolas existentes na praia.

Leia também: Bora Bora, a Polinésia Francesa está de volta

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Guia do viajante

Onde ir

Ilhas Gili Islands
Nusa Lembongan
Pura Tanah Lot Tanah Lot
Pura Luhur Uluwatu

Onde comer

BLANCO par Mandif, Ubud
Bloem’s Waroeng, Kedonganan
Warong Legong, Gianyar
Secret Garden Restaurant, Lovina

Onde ficar

Clima

Bali fica mesmo abaixo do equador, por isso, os dias são de 12 horas, e as temperaturas estão quase sempre entre os 20ºC e 30ºC. A época das chuvas surge entre outubro e abril, altura em que a chuva usualmente cai em grande intensidade durante períodos de uma hora. Os meses mais quentes são fevereiro, março e abril. Embora esteja bom tempo, deve levar uma camisola ou um agasalho, caso ande em locais mais montanhosos, durante a noite.

Documentos

Desde finais de setembro de 2015, os cidadãos passaram a beneficiar de isenção de visto de entrada na Indonésia (“visa on arrival”) – que anteriormente era solicitado e pago à entrada no país – desde que: entrada ocorra por um dos cinco aeroportos principais da Indonésia ou nove portos de mar. Em caso de dúvida, dever-se-á sempre insistir com autoridades de imigração pela verificação da lista de isenções (“visa waiver”), onde está expressamente incluído Portugal. Este tipo de visto é válido por 30 dias (não prorrogável), para fins de turismo, cultura, visita de negócios, ou fins oficiais, mas não para qualquer outro tipo de atividade laboral. É absolutamente necessário passaporte com validade de seis meses a partir da data de saída da Indonésia.

Outras Informações

Moeda: Rupia indonésia Idioma: Bahasa Bali, Bahasa Indonésio e o inglês. Diferença horária: + 8 horas. Precauções sanitárias: Recomenda-se a marcação de uma consulta do viajante em Portugal. Não é obrigatória qualquer vacina. Recomenda-se medidas preventivas para quem viaje para zonas rurais, onde ainda existem alguns riscos de malária. Devido a casos da “gripe das aves” nalgumas zonas rurais, aconselha-se a leitura de informação sobre esse tema. Deve ter-se também cuidado com saladas e só beber água engarrafada. Transportes: Para passear em Bali pode utilizar o táxi, o bemo (miniautocarro), carro alugado (o trânsito é pela esquerda!), mota ou bicicleta. Quando visitar os templos: As áreas de praia são sossegadas, mas nos dias que for visitar lugares onde existam templos, é preciso ter algum recato. As mulheres devem levar sempre consigo um grande lenço ou canga para amarrar à cintura. Em alguns, como é o caso de Uluwatu, até os homens têm que usar uma “saia”, o chamado sarong.

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