Dois dias, dois adolescentes e uma capital europeia
Dois dias, dois adolescentes e uma capital europeia
Dois dias, dois adolescentes e uma capital europeia
19-02-2018
Berlim foi o destino escolhido para fazer um fim de semana diferente com dois adolescentes da família, no fim de setembro, a dar um cheirinho às ainda próximas férias de verão. A cidade vê-se bem em dois dias completos, mas o regresso a tempo de não perder nenhuma aula deixou um ou outro ponto de interesse por picar na checklist.
Sábado foi o dia de percorrer bem a cidade. A torre de Tv foi o primeiro ponto de paragem para ter uma panorâmica da cidade. E como não ficar impressionado ao escalar 368 metros em 40 segundos no incrível elevador?!
Ponto de passagem essencial é também a Dom, a grande catedral de Berlim, onde pudemos apreciar os seus ricos pormenores interiores e exteriores e dar um pouco de exercício aos jovens com a subida da longa escadaria até à elevada cúpula verde-esmeralda.
É depois disto que a história da cidade assume o seu lugar de destaque nesta viagem, na visita ao Museu DDR, com uma exposição muito interativa, ótima para divertir os jovens, dando a conhecer objetos e espaços da vida dos militares em Berlim há cerca de 50 anos atrás, mas também para reencontrar objetos que passaram pelas mãos dos não tão jovens aqui mesmo em Portugal.
A paragem obrigatória no Portão de Branderburgo deu continuidade à viagem de história, acompanhada com o vídeo do Museu do Portão, boa oportunidade para fugir um pouco ao frio que já se fazia sentir.
Imperativa foi também a passagem pelo monumento de homenagem aos judeus, sobretudo com a entrada no museu subterrâneo, onde dezenas de testemunhos fazem com que, nem miúdos, nem graúdos fiquem indiferentes a esta parte da história.
Visitar o muro de Berlim estava na checklist, mas pela falta de mais tempo, preferimos o da parte Este que se mantém mais fiel ao original, com uma série de relatos do que aconteceu quando Berlim passou a ser duas cidades numa só. Os locais falaram por si e a chuva que caía e o
silêncio que se ouvia ajudaram a imaginar os difíceis tempos vividos durante as décadas, ainda tão próximas, em que o muro de Berlim se ergueu e separou a cidade. O museu, mesmo ao lado, ajuda a completar os relatos e permitiu uma pausa na caminhada e no tempo chuvoso deste domingo.
O Checkpoint Charlie é um local de passagem, com algumas exposições anexas ao longo da rua. Fizemos uma delas. A simbologia de liberdade deste posto histórico tornou-o num local divertido com atores a fazerem de soldados e a pousarem para as fotos a troco de alguns euros.
Durante duas horas dedicámo-nos ainda ao museu dos Judeus, interessante, mas enorme e complexo.
O regresso com algum cansaço e um pingo no nariz deixou um balanço positivo. Acima de tudo foi extraordinário ver como os lugares falam por si e contam aquilo que é a história que vem nos manuais escolares e que, muitas vezes, é tão desinteressante para os jovens. Uma verdadeira aula viva, com um bom treino de inglês à mistura e interjeições de admiração pela verdade dos espaços.
Texto e fotos: Diana Moreno
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