Mundo dos Clássicos atrai carros antigos à região do Rio Côa
Mundo dos Clássicos atrai carros antigos à região do Rio Côa
Mundo dos Clássicos atrai carros antigos à região do Rio Côa
16-05-2024
Está prestes a começar a segunda edição do Mundo dos Clássicos, uma experiência de três dias pela região do Rio Côa, na Beira Baixa. Este evento, que combina a paixão pelos carros clássicos e as belas paisagens das estradas locais, tem lugar a 24, 25 e 26 de maio. O mentor do projeto, Telmo Ramalho, um apaixonado por carros clássicos e ator, falou com A Próxima Viagem sobre o que vai acontecer na região do Côa, durante os dias do passeio e como fazer para chegar lá e participar.
Ao nosso site, o ator de 45 anos revela que “um dos principais objetivos da organização do Passeio Ribacôa Clássicos é promover o potencial turístico da região da Beira Alta, que tem uma gastronomia incrível, paisagens únicas e monumentos históricos imponentes”.
A segunda edição conta com o apoio de vários municípios da região (Sabugal, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa, a par de algumas Juntas de Freguesia, que dão assistência técnica e logística ao passeio. O Mundo dos Clássicos tem ainda o apoio privado da empresa M Clássicos.
“A ideia é manter o grupo reduzido, para que seja uma experiência próxima e familiar.”
Em relação à primeira edição, Telmo Ramalho refere que aumentaram o número de vagas disponíveis para quem quiser ir mostrar a sua “bomba” clássica. Mas a componente familiar prevalece. “A ideia é manter o grupo reduzido, para que seja uma experiência próxima e familiar. Portanto, este ano aumentámos o limite de participantes de 15 para 20 carros, o que contabiliza um máximo de 40 pessoas”, diz.
Para além do número de inscrições disponíveis, O Mundo dos Clássicos muda também o itinerário em relação ao ano passado. “Vamos explorar novos destinos, ainda que as estradas permaneçam em grande parte as mesmas. O nosso itinerário foi planeado para percorrer os pontos de beleza únicos da região”, explica.
O processo de inscrições ainda está aberto e quem quiser participar pode fazê-lo enviando um email para [email protected]. De seguida, receberão o programa e a ficha de inscrição correspondente. Caso o programa seja de interesse, basta responder com a ficha de inscrição preenchida, e estarão automaticamente inscritos no Ribacôa Clássicos.
“São variados os atores que partilham uma paixão pelos carros clássicos”
A ligação de Telmo ao mundo dos clássicos já vem de há alguns anos e junta-se a uma extensa lista de atores apaixonados por esta paixão de quatro rodas. “São variados os atores que partilham uma paixão pelos carros clássicos. Por exemplo, temos o caso do Steve McQueen e do Jerry Seinfeld, que, para quem não sabe, tem a maior coleção de Porsches do mundo”, conta.
Na sua página do Youtube, Carburador PT, o ator combina as suas duas paixões. “É neste espaço que consigo juntar todas as minhas técnicas como ator, porque sou eu quem idealiza os episódios, escreve e acaba por interpretar, porque não deixo de levar uma personagem. O que quero dizer com isto é que não sou propriamente eu, o Telmo, ali, mas uma persona minha que, de certa forma, está a falar sobre os carros e a transmitir uma paixão pelos carros clássicos”, prossegue.
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No meio desta paixão pelos carros a pergunta que se impõe é: quantos carros tem? “Atualmente, possuo alguns carros clássicos”, diz, enumerando de seguida. “O primeiro que adquiri foi um Datsun 1600 Sss, em 2002, com os meus primeiros salários e com o apoio do meu pai. Mantenho-o até hoje e não pretendo vendê-lo. Mais tarde, comprei um Volvo 340, que transformei para todo-o-terreno e com o qual tenho experienciado algumas aventuras fora de estrada. Posteriormente, adquiri um Citroen BX GTI, que acabei por vender quando percebi que poderia criar um negócio de compra e venda de carros antigos.”
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A paixão deu lugar ao negócio e hoje é um homem atento ao mercado. “Consulto regularmente anúncios no OLX. Aconteceu assim com os Pandas, que adquiri em conjunto com um colega. Um deles está em processo de restauro, tem poucos quilómetros, um motor raro e está em excelente estado. Estamos na fase final da pintura para depois colocá-lo à venda.” Na lista de restauros e vendas está ainda “um trator Ford, que era do meu pai nos anos 80 e uma carrinha Isuzu que utilizava para trabalhos agrícolas. Estes são os meus carros clássicos.”
“O Tochas é um caso extremo, porque não tem carta de condução, nem sabe conduzir.”
Como ator, Telmo Ramalho passou recentemente pela experiência de ano e meio de casa esgotada no Casino Lisboa, com a peça Trair e Coçar é Só Começar, ao lado de Rui Unas e José Raposo. A proximidade dos três foi grande, mas não os contagiou com esta paixão. Nem eles nem Pedro Tochas, com quem faz o espetáculo O Regresso da Vingança. “O Tochas é um caso extremo, porque não tem carta de condução, nem sabe conduzir. Tenho até um episódio, que já partilhei com ele e com o qual vamos avançar, que passa por desafiá-lo a conduzir pela primeira vez. Já o Unas, entrevistei-o para o canal e ele próprio assumiu um gosto pelos clássicos, mas tem ainda dúvidas relativamente à possibilidade de compra. Talvez ainda consiga persuadi-lo. Neste aspeto, o Unas está mais atento a este mundo do que o Tochas”, brinca.
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Para quem pensar em lançar-se neste hobbie, o ator explica que ter um carro clássico não é sinal de atividade dispendiosa. “Dependendo do carro, marca e modelo, ter um carro clássico não é geralmente dispendioso. Se conseguirmos adquirir um veículo em boas condições, é uma vantagem, até porque restaurar um carro muito degradado pode ser mais caro”, conta.
A juntar a este facto este tipo de carros, de maneira geral, não é utilizado diariamente, o que significa que não acumulam muitos quilómetros por ano. Desta forma, “o custo de manutenção é comparável ao de um carro moderno”, afirma. “A grande dificuldade com os carros clássicos é, sim, encontrar peças específicas para os modelos e marcas. Ainda assim, a internet, fóruns e pesquisas de mercado, permitem ultrapassar este problema com relativa facilidade. Embora seja mais trabalhoso, é fazível. Esta é uma atividade para quem gosta. Se tivermos gosto pelas coisas, fazem-se”, conclui.
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