Pico: tudo o que precisa de saber sobre a caminhada até ao ponto mais alto de Portugal

Pico: tudo o que precisa de saber sobre a caminhada até ao ponto mais alto de Portugal

Pico: tudo o que precisa de saber sobre a caminhada até ao ponto mais alto de Portugal

Artigo de Luís Correia 18-06-2020

18-06-2020


A subida ao ponto mais alto de Portugal é sem dúvida uma das experiências mais enriquecedoras pelas quais podemos passar. Estamos a falar do cume do vulcão do Pico, na ilha com o mesmo nome, nos Açores, e que se encontra 2351 metros acima do nível médio do mar. Lá do alto tem-se uma panorâmica de sonho sobre o Pico, todas as ilhas do Grupo Central e o oceano Atlântico. E o ideal é conjugar o momento em que nos encontramos no cume com o nascer ou pôr do sol. Obviamente que toda esta magnífica panorâmica cai por terra se houver muito nevoeiro ou chuva. Por isso, é imperioso ter em atenção as previsões climatéricas.

“Empreitada” de ida e volta pode durar oito horas

Ponto prévio: não é preciso ser um João Garcia para empreender esta subida pelo vulcão do Pico, mas necessita de estar em condições físicas minimamente aceitáveis. Os menores de 16 anos só podem realizar o percurso se estiverem acompanhados pelos pais ou responsável maior de idade.

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E obviamente que tem de ter atenção às condições meteorológicas e não arriscar quando as mesmas não são as ideais. A duração média da subida é entre três a quatro horas e deve gerir a velocidade e o esforço, de modo a evitar demasiada aceleração do ritmo cardiovascular. A descida também tem uma duração média de três a quatro horas.

Equipamento recomendado

Os equipamentos recomendados para subir a Montanha do Pico são: botas apropriadas para trilhos, roupas leves e frescas, comida e bebida (água preferencialmente) e protetor solar. Caso haja possibilidades da subida ou descida coincidir com o período noturno, não se esqueça de levar duas lanternas (para o caso de uma falhar). Se for pernoitar, leve materiais para dormir. É permitido montar tenda na cratera da montanha, desde que seja só por uma noite.

Percurso tem 3,8 quilómetros

O trilho inicia-se na Casa da Montanha, a cerca de 1200 metros de altitude e termina no topo da montanha. O percurso tem 3,8 quilómetros e um desnível de 1150 metros, ou seja, é bastante inclinado. O terreno é de tipo variado ao longo da subida como terra, rocha, gravilha e lama. Embora haja vegetação rasteira na montanha, esta nunca se encontra no trilho, pelo que sempre que estiver a pisar vegetação, é porque já não se encontra no trilho.

Nevoeiro é o principal inimigo

Ao longo do trilho existem 45 marcos em madeira, numerados e pintados com duas listas de marcação de trilho, vermelha e amarela. O último marco está localizado à entrada da cratera. Estes marcos estão colocados a uma distância de modo a que de um marco, possa avistar o marco seguinte em condições de visibilidade total.

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Em caso de nevoeiro poderá deixar de ver os marcos rapidamente. Redobre a sua atenção ao trilho para evitar perder-se, logo, depois de passar um marco e se nos 30 minutos seguintes não for encontrado outro marco, deve regressar ao marco anterior, para não se afastar demasiado do trilho.

Entrada na cratera pode ser uma tormenta

Já quase a chegar ao topo, a entrada na cratera pode ser uma tormenta. A parede tem uma grande inclinação nessa altura já existe um grande cansaço. Adicionalmente, o vento costuma ser bastante forte e não há forma dos aventureiros se protegerem do mesmo.

A cratera tem forma arredondada e cerca de 700 metros de perímetro e uma profundidade de 30 metros. No centro surge uma outra elevação de menor dimensão a que foi dado o nome de Pico Pequeno e que tem 70 metros de altura. Esses são os últimos passos para cumprir o objetivo de subida.

Depois, há que fazer o percurso inverso. Em teoria é mais fácil, mas que pode ser dificultado pelo cansaço acumulado, cãibras e outros problemas físicos. É por isso que a melhor opção passa por pernoitar na cratera, para que recupere as suas forças.

Percorra a galeria e veja mais fotos da zona do Pico.

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