China proíbe estrangeiros de visitar o Tibete

China proíbe estrangeiros de visitar o Tibete

China proíbe estrangeiros de visitar o Tibete

Artigo de Luís Correia 06-03-2019

06-03-2019


A China está a proibir a visita de estrangeiros ao Tibete durante o mês de março, por motivos de segurança. De acordo com a agência Lusa, as agências de viagens estão a recusar turistas estrangeiros em visitas aquele país dos Himalaias durante um mês que assinala duas datas importantes na região.

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A 10 de março, celebra-se o 60.º aniversário da (não concretizada) rebelião contra a administração chinesa e que levou o Dalai Lama a exilar-se na vizinha Índia. Já a 14 de março de 2008, Lhasa, a capital da região autónoma do Tibete, foi palco de sangrentos confrontos, em protesto contra a presença chinesa e do qual resultaram 18 mortos, de acordo com dados do Governo chinês. No entanto, um número desconhecido de tibetanos foi morto pelas tropas chinesas nesse dia.

Visto não chega

Se está a pensar em viajar para Tibete num futuro próximo, tenha em atenção que para além do visto chinês, necessitará de uma autorização especial concedida por Pequim. E as visitas a todos os locais, incluindo à capital Lhasa, terão de ser feitas em grupo, com acompanhamento de um guia. A China justifica esta exigência com “as tradições únicas da etnia tibetana, o património cultural, a capacidade de receber turistas e as necessidades de proteção ambiental”.

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No entanto, essa poderá não ser a verdadeira razão, se atentarmos ao facto da China proibir diplomatas e jornalistas estrangeiros de entrarem na região, a não ser em visitas organizadas pelas autoridades ou pelo Partido Comunista.

Em 2018, de acordo com dados oficiais, o número de turistas que visitou a região registou um crescimento de 31,5 por cento face ao ano anterior, num total de 33,68 milhões de pessoas, mas apenas 270 mil dos visitantes foram estrangeiros.

As razões na base do conflito

O conflito entre China e o seguidores do Dalai Lama deve-se ao facto da primeira considerar que a região faz parte do território chinês, enquanto os segundos acusam Pequim de tentar destruir a identidade religiosa e cultural do Tibete. De acordo com a organização International Campaign for Tibet, mais de 150 tibetanos imolaram-se pelo fogo desde 2009, em protestos contra a alegada opressão do Governo Chinês.

Montanha e cultura budista

O Tibete é o destino ideal para todos os que gostam de aventura na montanha, com os seus exigentes trekkings no Evereste, só aconselháveis a quem já tem experiência na matéria. No entanto, não é preciso ser um João Garcia para viajar até às Himalaias. Se aprecia cultura budista, na mítica cidade de Lhasa não pode deixar de visitar o Palácio Potala, o Templo de Jokhang e Norbulingka, palácio e mosteiro com um jardim fantástico.

Percorra a galeria e veja mais fotos do Tibete.

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