Lisboa e 4 cidades que superaram catástrofes com distinção

Lisboa e 4 cidades que superaram catástrofes com distinção

Lisboa e 4 cidades que superaram catástrofes com distinção

Artigo de Redação 06-09-2023

06-09-2023


Guerras devastadoras, sismos violentos, tsunamis e grandes incêndios são exemplos de quatro catástrofes que podem destruir por completo uma cidade. Infelizmente, ao longo da história, muitos têm sido as ocorrências do género, nos mais variados pontos do mundo.

As consequências são muitas vezes irreversíveis, mas noutras ocasiões a capacidade de resiliência e o esforço da população local acabou por operar verdadeiros milagres. Conheça 5 exemplos de cidades que superaram o trauma com distinção. Lisboa está na lista.

Londres, Inglaterra (1666)

Pode parecer estranho, mas o Grande Incêndio de 1666 acabou por ser benéfico para Londres. Isto apesar de ter destruído milhares de prédios e de ter deixado um rasto de destruição impressionante numa grande área da cidade. Foram abaixo mais de 13 mil casas, 87 igrejas e até a Catedral de St. Paul.

No entanto, o incêndio, que matou seis pessoas, teve um aspeto muito positivo: acabou por queimar focos da peste bubónica, que estava a alastrar-se nos arredores de Londres. A cidade viu-se livre da peste e conseguiu reconstruir-se em tempo recorde.

O arquiteto Cristopher Wren liderou o grupo que participou na reconstrução e que deu origem à área conhecida como City of London, hoje em dia um distrito financeiro. É certo que a reconstrução total demorou cerca de 50 anos, mas dois ou três anos depois do grande incêndio a cidade já se apresentava de cara lavada.

Lisboa, Portugal (1755)

1 de novembro de 1755 foi o dia mais negro da história de Lisboa. Um terrível terramoto – seguido de maremoto e enorme incêndio – deixou um impressionante rasto de destruição e pouco restou. A Baixa da Cidade ficou completamente devastada e houve mais de 10 mil mortos.

Sob direção do Marquês de Pombal, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, foi reconstruída Lisboa “de forma inovadora e esclarecida”. Foi contratado um grupo de engenheiros portugueses e estrangeiros para traçar o novo perfil da cidade.

Ao invés da reconstrução ser feita tendo as antigas ruas como referência, foram traçadas novas ruas e praças. Tudo para que houvesse possibilidade de fuga e refúgio da população em caso de novo terramoto. Os edifícios foram construídos com estruturas de madeira mais fortes. A cidade medieval de ruas estreitas deu lugar a um traçado racional de linhas retilíneas em que os prédios têm todos a mesma altura.

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Varsóvia, Polónia (1944)

Varsóvia ficou completamente destruída na sequência de um bombardeamento dos Nazis, em 1944. Estima-se que cerca de 90 por cento dos edifícios tenham ficado destruídos. O plano de reconstrução demorou cinco anos a ser aprovado, com a intenção de recuperar o traçado da cidade velha do século XII. No entanto, foi deixado de lado o esplendor barroco que era a imagem de marca dos edifícios arrasados.

A reconstrução ocorreu entre 1950 e 1970, com a ajuda financeira da Rússia. A cidade velha foi completamente reerguida e classificada como Património Mundial da UNESCO.

Berlim, Alemanha (1945)

Durante a II Guerra Mundial, Berlim sofreu vários bombardeamentos que a deixaram irreconhecível. A 1 junho de 1945, as mulheres de Berlim receberam a ordem para remover entulhos e selecionar material para a reconstrução.

Isto porque a grande maioria dos homens voltava da guerra. Foram as chamadas “mulheres dos escombros” que estabeleceram os fundamentos de Berlim no pós-guerra.

A reconstrução começou em 1946 e foi surpreendentemente rápida. Mas sem essa ajuda inicial de centenas de mulheres, que chegaram a trabalhar 16 horas por dia, teria sido bem mais complicada e demorada.

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Sendai, Japão (2011), foi uma das catástrofes mais recentes.

A 1 de março de 2011, a cidade de Sendai, no nordeste do Japão, foi abalada por um terremoto de 9 graus de intensidade, na Escala de Richter. Logo de seguida, houve um tsunami com ondas que atingiram os 40 metros de altura.

Apenas um ano depois, 95% das ruas danificadas já estavam reconstruídas e todas as pontes voltaram a funcionar. Foram reconstruídas casas temporárias para acolher cerca de 50 mil pessoas, que rapidamente passaram a ser definitivas, noutros locais.

Centros comerciais, hotéis e um centro vibrante nasceram rapidamente. Apesar de ainda serem visíveis algumas marcas do terrível acontecimento de 2011, ninguém diria que o mesmo ocorreu há tão pouco tempo.

Percorra a galeria e veja fotos destas cidades que sobreviveram a catástrofes.

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