Novos paradigmas do turismo

Novos paradigmas do turismo

Novos paradigmas do turismo

Artigo de Redação 28-11-2024

28-11-2024


Atualmente, viajar é um dos hobbies preferidos de muitos. Há quem viaje para estar na praia, deitado numa espreguiçadeira, outros para usufruir das ofertas culturais dos destinos, visitando museus, monumentos, indo ao teatro ou a outros espetáculos, enquanto outros ainda viajam para conhecer a natureza ou a vida animal dos locais, por exemplo. As propostas são infinitas.

Porém, numa altura em que existe tanta procura turística, torna-se notória a saturação dos destinos mais populares, com algumas cidades a fazerem, inclusivamente, boicote ao turismo. 

De facto, a pressão turística resulta em cidades despersonalizadas e sobrelotadas, em enormes filas para visitar museus e em hotéis e recintos de espetáculos esgotados muitos meses antes do dia do espetáculo a que queremos assistir.

Neste sentido, numa tentativa de proporcionar experiências mais confortáveis aos visitantes, a tecnologia tem procurado desenvolver alternativas que garantam experiências turísticas realistas e simultaneamente tranquilas aos seus beneficiários.

Realidade virtual: a resposta para um novo paradigma

A tecnologia de ponta nesta área é a realidade virtual, que permite que os utilizadores façam turismo onde quer que estejam, utilizando a Internet e dispositivos de realidade virtual, como óculos VR. 

Esta tecnologia já é usada de forma a garantir, por exemplo, a visita a hotéis de luxo, a realização de viagens virtuais de avião ou a visita a novos destinos de forma pormenorizada, com vídeos 360º de realidade virtual. 

Estas experiências são, por natureza, tão ricas quanto aquelas que teríamos no local, e estão isentas de qualquer tipo de pressão turística.

Pois bem, o investimento em equipamento de realidade virtual poderá não estar ainda ao alcance de todos; no entanto, se pensarmos bem, são já bastantes as propostas de entretenimento online disponíveis, que, não recorrendo à realidade virtual, são extremamente imersivas. 

Estas propostas, de grande inovação tecnológica, representam, nesta medida, uma alternativa bastante válida ao modelo de entretenimento turístico tradicional, que atualmente questionamos.

Turismo Digital, sim!

De facto, para facilitar, por exemplo, as visitas a grandes museus, são já várias as propostas nacionais e internacionais de visitas virtuais online. 

É o caso do Museu do Louvre em Paris, do Museu do Prado em Madrid ou do Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, entre centenas de outros. 

Nestas visitas gratuitas, podemos conhecer os objetos em exposição com toda a calma e sem a pressão das viagens, filas e visitas de duração limitada. 

Além disso, estas propostas permitem que contemplemos arte em qualquer momento e local, o que pode favorecer novas interpretações, sem a pressão do espaço e do tempo associada à visita tradicional a estes espaços.

Espetáculos ao vivo via streaming

Outra área de turismo, ligada ao entretenimento que tem crescido no online, especialmente em plataformas de streaming, é a dos espetáculos ao vivo. 

Efetivamente, são muitos os casos de concertos que esgotam rapidamente, fazendo disparar consigo os preços da hotelaria e tornando, nessa medida, muito difícil a vida dos fãs. 

Por essa razão, plataformas como Disney+, Max e Netflix disponibilizam nos seus catálogos vários espetáculos que esgotaram salas por todo o mundo, de artistas como Lady Gaga, Taylor Swift ou Olivia Rodrigo, garantindo assim o acesso dos utilizadores a estes conteúdos de forma tranquila e sem necessidade de deslocações. 

Adicionalmente, a menos que o investimento para garantir bons lugares na sala de espetáculos tenha sido avultado, o mais natural é que a visibilidade do espetáculo que terá nestas plataformas seja bastante melhor do que a que teria numa sala real.

iGaming: diversão através de plataformas especializadas

Da mesma forma, a disseminação do iGaming, variante do Gaming que permite que se joguem online jogos de casino, em qualquer lugar, libertando os jogadores da obrigatoriedade das deslocações às salas das grandes cidades para jogar, é extremamente importante nesta nova abordagem ao entretenimento turístico.

Efetivamente, as plataformas especializadas em conteúdos de casino permitem que os apreciadores destes jogos tenham acesso a estes títulos em permanência, sem os constrangimentos horários e das grandes enchentes nas salas. Todos os jogos estão sempre disponíveis.

Além disso, tal como acontece nas ofertas culturais dos museus, o software destas plataformas é extremamente realista, permitindo que os utilizadores sintam que estão realmente numa sala física, tendo igualmente acesso a catálogos diversificados, que incluem diferentes tipos de jogos, como slots, roleta, para além de diferentes variantes de Blackjack. 

Desta forma, todos os utilizadores têm à disposição propostas abrangentes e adequadas às suas preferências.

Com efeito, a pressão turística leva os agentes turísticos, as instituições culturais e as plataformas de entretenimento a desenvolverem alternativas de entretenimento turístico imersivas, confortáveis e sustentáveis, para aqueles que consideram que o paradigma do turismo tradicional está esgotado e deixou de ser aliciante.

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