Quando o Mundo faz uma «vénia» a Lisboa para ‘curtir’ no NOS Alive

Quando o Mundo faz uma «vénia» a Lisboa para ‘curtir’ no NOS Alive

Quando o Mundo faz uma «vénia» a Lisboa para ‘curtir’ no NOS Alive

Artigo de Redação 13-07-2018

13-07-2018


Portugal tem muitas características para ser visitado. Uma delas são cada vez mais os festivais, que são uma ótima ocasião para conhecer este ‘jardim à beira mar plantado’ cujo clima cai nas graças de qualquer estrangeiro. No arranque de mais um Nos Alive, o cartaz é de luxo e o verão vai chegando de forma sorrateira. Fomos falar com os estrangeiros que visitam o nosso país em época de festivais pela capital.

Perto do palco principal, ainda com o sol no ar, a T-shirt não enganava e estava sozinho. Decidimos ir atrás dele e conhecer o Steven. É fã assumido dos Nine Inch Nails, natural da capital escocesa, Edimburgo, e está de visita a Portugal pela primeira vez. Com conhecimento de que este festival já é um dos mais procurados na Europa, o escocês contou-nos que vários amigos tinham vindo ao Passeio Marítimo de Algés em edições anteriores e transmitiram «muito bom feedback».

A ligação com a banda norte-americana é enorme, mas a vinda a Lisboa foi «metade por metade». Não veio cá com expetativas na bagagem, mas sim à procura de ser surpreendido pelos recantos da cidade. «O que tiver de acontecer, acontece», referiu Steven sem deixar de mencionar a gastronomia, apesar de não saber no momento nomes de pratos típicos. Demos algumas pistas como pastéis de Belém ou bacalhau e lembrou-se. Nessa manhã tinha comido alguma coisa pequena e redonda. Era frito e chegamos lá: pastéis de bacalhau!

O que há de melhor em Lisboa

Steven diz que gosta da arquitectura, «da organização e forma das coisas, das ruas» e ficou desconfiado quando aterrou no aeroporto quando viu tanto nevoeiro. O sol entretanto espreitava e ninguém no Alive se queixou do tempo, de certeza absoluta.

Nesta conversa, tentámos ir à boleia do Steven para o seu país de origem. «Quais são os motivos para visitar a Escócia?», perguntámos nós e ele riu-se. «É uma pergunta difícil», disse. «As pessoas lá são muito sociáveis. É fácil fazer amigos na Escócia. Recomendo-vos ir a Edimburgo, Glasgow e Aberdeen. As nossas principais cidades».

Antes de deixarmos Steven desfrutar da sua primeira vez em Portugal e a poucas horas de Nine Inch Nails, o escocês ainda nos deixa um enorme elogio, comparando o nosso país com os ingleses. «Não sei explicar, mas sinto-me mais seguro aqui. Coisas como estas parecem ter mais significado que lá. As coisas em Inglaterra são muito diferentes», revelou o escocês que, pelos vistos, prefere ver os concertos das suas bandas preferidas noutro sítio do que em terras de Sua Majestade.

Holanda pelo Alive

Um pouco mais longe do palco principal do Nos Alive, mas ainda no longo tapete verde de Algés, a equipa d’A Próxima Viagem foi mais para sul, para a Holanda. Millet e Femke, duas amigas, já estavam em Portugal há doze dias, mas andaram pelo Porto e por Peniche. Muito felizes pelas descobertas já feitas no nosso país, Lisboa já estava a surpreender as jovens que tinham acabado de chegar de um comboio vindo do norte e centro português. O mais curioso é que ambas não sabiam onde ir ou ficar nesta visita a Portugal, mas não parecia ser problema… aventureiras!

Motivos para vir a Portugal? Pareciam ser muitos: bom tempo, boas pessoas, belas cidades, «good life! Why not?», dizem para as amigas naturais da capital Amsterdão. Costumam ir de férias juntas para outros países e desta vez o país de Camões foi a escolha. Depois, souberam «pela internet que ia haver um grande festival em Lisboa». «Adoramos os Arctic Monkeys [que também tocaram neste dia], Nine Inch Nails e Queens of the Stone Age. Comprámos o passe de dois dias!».

Comida é sempre um bom tópico. Funcionou com Steven, mas para Millet e Femke foi mais a bebida. «Comemos carne e peixe, como na Holanda. Mas bebemos Licor Beirão e adorámos!», disseram. Nós não fomos de modas e apontámos para um stand de bebida para elas saberem que podem continuar a desfrutar do licor. Depois do festival, estão curiosas em visitar os nossos museus, mas querem descobrir coisas novas, pois em Portugal «é tudo mais barato em relação à Holanda».

Museus também não faltam na Holanda, sem deixar de mencionar outras ‘atrações’ que há naquele país e que lhe são muito características. Para as jovens, a cultura é algo a explorar naquele país da Europa ocidental, bem como os seus espaços naturais, repletos de grandes jardins e flores.

 

Texto: Francisco Correia; Fotos: Francisco Correia, Helena Morais e Zito Colaço

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