Sicília, o eterno jardim do Mediterrâneo vai pagar metade da viagem aos turistas

Sicília, o eterno jardim do Mediterrâneo vai pagar metade da viagem aos turistas

Sicília, o eterno jardim do Mediterrâneo vai pagar metade da viagem aos turistas

Artigo de Redação 08-06-2020

08-06-2020


O turismo foi o setor mais afetado pela pandemia e lentamente os países estão a levantar as restrições que proibiam as viagens e deslocações. A Sicília, para atrair os turistas, quer apresentar soluções de forma a aumentar as visitas à ilha no que falta de 2020. Para isso, vão oferecer grandes descontos nos voos e estadias. Isto além de entradas gratuitas em todos os museus e espaços arqueológicos. A iniciativa vai custar perto de 50 milhões de euros. Os vouchers vão estar disponíveis no site da Visit Sicily, mal Itália reabra as fronteiras.

Entre os mares do Mediterrâneo, Ionian e Tyrrhenian, surge a Sicília, uma ilha invadida durante séculos por gregos, romanos, normandos, cartagineses, árabes e espanhóis e que desempenhou um papel muito importante na História da república, tendo sido, durante muitos anos, o principal ponto de comércio na época.

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A Sicília nem parece ser uma das regiões italianas, tamanha é a sua mistura de raças, costumes e cores. Talvez por isso, os seus habitantes se dizem primeiro sicilianos e depois italianos. A capital, Palermo, é uma cidade de contrastes. A sua herança monumental possui mais de 50 palácios e 80 igrejas em estilos diferentes. Palermo está dividida em quatro partes pelo cruzamento das ruas Maqueda e Vittorio Emanuele. O que pode ser ponto de partida para começar a visita. Em todos os locais prolifera o estilo barroco, memória do último esplendor Bourbon da cidade, que tem a sua representação na igreja de Gesú, a de San Domenico e as fontes de Quattro Canti.

Outros locais interessantes da Sicília são Agrigento, com as suas imponentes ruínas gregas à beira do mar, e Messina, primeiro porto da Sicília, com a igreja Della Annunzuata dei Catalani e Santa Caterina Valverde, sem esquecer Siracusa, com as ruínas da antiga Neapolis e Catania, onde se pode ver um teatro romano e um Duomo. De Taormina é possível fazer excursões para o lendário vulcão Etna, uma das mais impressionantes paisagens naturais da ilha.

Diferente e pouco italiana

Visitar a Sicília é descobrir uma Itália completamente diferente e pouco italiana. Com a mistura de culturas, a região tornou-se um ponto interessantíssimo, com cores, aromas e sabores diferentes do resto da Itália. Aqui, as escolas de arte e literatura misturam-se e as marcas da sua arquitetura encontram-se nos prédios, escolas, igrejas, museus e monumentos. Através dos caminhos estreitos, das pontes românticas e da gritaria dos mercados de rua percebe-se a riqueza e o encanto que a Sicília guarda em cada cidade, em cada cantinho, em cada siciliano.

A ilha é composta por nove províncias: Palermo (a capital), Catania, Siracusa, Agrigento e Taormina, muito conhecidas e procuradas pelos turistas, Caltanissetta, Enna, Messina, Ragusa e Trapani. A beleza das cidades da Sicília é impressionante, assim como o grande número de habitantes e de lugares para se visitar.

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Há quem diga que a Sicília é um museu ao ar livre, como ocorre nas regiões de Agrigento e Palermo. Só de sítios arqueológicos, são mais de 260 catalogados, entre conjuntos de templos, anfiteatros gregos, fortalezas, torres, igrejas, palácios… Está tudo ali, lado a lado, um pouco de todos os povos e culturas que passaram pela ilha ao longo de séculos. A emoldurar esse cenário temos um mar cristalino de águas mornas e límpidas.

Vulcão Etna

É o mais alto da Europa e um dos mais altos do Mundo, mas a sua altura pode variar devido às frequentes erupções – é um dos mais ativos vulcões da Terra e está praticamente em constante erupção. Ocasionalmente pode ser bastante destrutivo, mas, normalmente, as erupções não oferecem grandes riscos à população, que vive nas localidades próximas.

Catania

É a cidade mais ligada ao Etna e muitas das suas construções foram feitas com a lava negra do vulcão. Por essa mesma proximidade, a cidade foi destruída muitas vezes. A maior parte de seu contorno atual pertence ao século XVIII. Quando ruas mais largas e construções baixas foram feitas para evitar efeitos de terramotos e diminuir as consequências de uma erupção. Não deixe de visitar, além do Etna, claro, o Mercato della Pescheria, na Via Garibaldi, especialmente animado de manhã, o Teatro Romano, com capacidade original para 7000 pessoas, e o Castello Ursin.

Vale dos Templos

Conjunto arqueológico situado perto de Agrigento, no sul da Sicília. Agrigento começou a ser construída a partir do ano 580 a. C., no território antes conhecido como Magna Grécia. Todos os templos do vale foram construídos depois dessa data. A “zona arqueológica de Agrigento” foi considerada Património da Humanidade pela Unesco em 1998 e é um dos principais destinos turísticos da ilha.

Compreende uma ampla zona sagrada na parte sul da antiga cidade, onde se construíram, durante os séculos V e VI a. C., sete templos monumentais em estilo dórico. Atualmente escavados e em parte restaurados, constituem parte dos edifícios gregos mais antigos e mais bem conservados fora da Grécia.

Segesta

Aqui encontram-se alguns dos templos helénicos mais importantes do Mundo devido ao seu ótimo estado de conservação, além de um teatro com capacidade para 3000 pessoas também muito bem conservado.

Cefalù

É outra cidade histórica, toda murada e debruçada sobre o mar. Antiga vila de pescadores, hoje, é um dos locais mais chiques da Sicília e, juntamente com a igualmente bela Taormina, disputa a preferência dos turistas.

Taormina

É o mais famoso centro turístico da Sicília, perfeito para se familiarizar com o povo, a culinária e a cultura siciliana.

Percorra a galeria e veja mais fotos da Sicília.

  • Cefalù não é dos destinos mais conhecidos na Sicília, o que até contribui para o seu encanto. Isto porque, apesar de concorrida no verão, esta pequena cidade não costuma receber multidões.
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