Um em cada seis assistentes de bordo reconhece ter medo de andar de avião

Um em cada seis assistentes de bordo reconhece ter medo de andar de avião

Um em cada seis assistentes de bordo reconhece ter medo de andar de avião

Artigo de Redação 28-06-2018

28-06-2018


Pôr-se nervoso dentro de um avião é algo completamente normal. Não é todos os dias que o fazemos e há quem tenha mais ou menos tensão durante a descolagem ou a aterragem. Quando há turbulências, alguns passageiros têm um autêntico pavor quando necessitam de andar de avião.

Mas o que não é assim tão normal é que haja quem tenha como profissão andar de avião, como é o caso dos assistentes de bordo, e que sintam também medo durante os voos. De acordo com o que pôde verificar o motor de busca de voos e hotéis, www.jetcost.pt um em cada seis assistentes de bordo, reconhecem ter medo durantes os voos. Muitos deles chegam a sofrer pesadelos e outros chegam ao ponto de ingerir álcool para se poderem acalmar durante os trajetos.

A equipa de Jetcost fez um inquérito a 388 assistentes de bordo, que tenham tido o mesmo tipo de trabalho pelo menos durante 12 meses e que tenham tido a oportunidade de fazer trajetos quer de curta quer de longa distância. Em primeiro lugar a todos os inquiridos foi perguntado se tinham medo de andar de avião, tendo a maioria (85 por cento) declarado que sentiam segurança durante os trajetos. Os restantes, quer dizer, um em cada seis (15 por cento) reconheceu ter medo de andar de avião.

A todos aqueles assistentes de bordo que reconheceram sentir medo nos aviões, durante os voos foi perguntado quais os sintomas de nervoso ou mesmo de pavor tinham experimentado e quase a metade deles (49 por cento) respondeu ter sofrido pesadelos antes de subir a um avião, 1/4, (25 por cento) sentiu dores de estômago e 17 por cento sentiu «ansiedade, dor no peito e/ou taquicardia», tendo inclusive 8 por cento afirmado que sentiu «ataques de pânico». Além disso, 1/3, (32 por cento) dos assistentes de bordo que confessou sentir medo, disse que no momento da descolagem ou da aterragem gostava de ter alguém que lhe segurasse a mão.

Quando se perguntou «que truques» arranjavam para controlar os medos e os nervos, estas foram as respostas «mais populares»:

1. Ter pensamentos positivos: 74 por cento.
2. Distrair-se pensando em outras coisas: 65 por cento.
3. Beber álcool: 10 por cento.
4. Fantasiar com os colegas ou com os passageiros: 9 por cento.

Um porta-voz da Jetcost disse: «Com este estudo não queremos que muitas pessoas que se sentiam mais calmos tendo como referência o à vontade e segurança que parecem transmitir os assistentes de bordo, passem a sentir-se mais inseguros e nervosos quando viajam de avião. A verdade é que muitas pessoas põem-se nervosas antes de andar de avião, embora aqueles que viajam muitas vezes estejam mais habituados e acabem por se habituar. O mais importante é que estes membros da tripulação consigam superar os seus temores todos os dias, para assim continuarem a trabalhar na profissão que escolheram. Dito isto, se a saúde física e mental de algum assistente de bordo estiver realmente em risco e se não puderem controlar os seus medos numa situação de emergência, podendo num extremo chegar a pôr o voo e os passageiros em perigo por não poder efetuar as suas funções com segurança e à vez o bem de todos, deve procurar uma outra saída profissional, assim como as companhias de aviação devem ter tolerância zero se identificarem nos seus funcionários alguns destes sintomas», finaliza.

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