Budapeste, um tesouro imperial ainda por descobrir no centro da Europa
Budapeste, um tesouro imperial ainda por descobrir no centro da Europa
Budapeste, um tesouro imperial ainda por descobrir no centro da Europa
10-02-2024
Os encantos de Budapeste são vários e agora foi eleita o melhor destino Europeu para 2019. Localizada na Europa Central, nas margens do extenso rio Danúbio, Budapeste nem sempre foi o que é hoje. Os primeiros registos de povoamento remontam ao Paleolítico, mas foi o Império Romano que fundou a primeira cidade nesta zona de curva e estreitamento do rio, um dos mais importantes “caminhos” comerciais da História da Europa.
A região foi depois ocupada por Godos, Lombardos, Ávaros e, finalmente, os Magiares, que chegaram à região no Séc. IX. Budapeste não era ainda uma cidade conjunta nem havia qualquer ponte fixa sobre o rio. A primeira dinastia húngara não tinha capital, pelo que foi Béla IV que mandou construir um castelo na colina que hoje é Buda.
Budapeste foi eleita o melhor destino Europeu para 2019
A nova capital do reino prosperou e cresceu sob o domínio de Mátyás Corvinus, no Séc. XV. Entretanto, foi quase totalmente destruída pelos turcos do Império Otomano, retomando o seu esplendor depois da dura reconquista por parte dos Habsburgos, em 1686. A monarquia absolutista garantiu o desenvolvimento económico de Buda e Peste e, em 1867, é constituído o Império Austro-Húngaro, logo depois da união das duas cidades numa só e da construção da emblemática Ponte das Correntes.
Depois da Primeira Guerra Mundial, a monarquia caiu e o desejo dos húngaros recuperarem os territórios perdidos levou-os a associarem-se à Alemanha, na Segunda Grande Guerra. Mais tarde, foram invadidos pela Rússia, que impôs um regime comunista até à Queda da Cortina de Ferro.
Budapeste é uma cidade incompreendida, de grandes diferenças sociais e culturais
A dura e instável História de Budapeste reflete-se nas pessoas e nas ruas da cidade. De uma das capitais mais importantes da Europa, no século XV, passando pelo brilho e pela grandiosidade dos edifícios dos séculos XVII, XVIII e XIX, até às ruas de hoje, quase abandonadas por um comércio que caiu juntamente com o sistema comunista, Budapeste é uma cidade incompreendida, de grandes diferenças sociais e culturais, que ainda procura o seu “lugar ao sol” na Europa.
Não tão turística como Praga ou intocável como Viena, a capital da Hungria é uma fascinante cidade de contrastes, por entre ruelas e edifícios históricos de uma dimensão inimaginável, polvilhados com cúpulas, pormenores coloridos e muita paprica. Budapeste é, por isso, uma grande capital europeia com muito para oferecer e cuja cultura, certamente, o vai apaixonar.
Peste, Jardins, palácios, a Praça dos Heróis e a Ópera Nacional
Começando pelo maravilhoso Parque da Cidade, ou Városliget, Budapeste começa por ser uma cidade de relaxamento, passeios e leituras ao ar livre. Városliget, construído no final do século XIX e inaugurado em 1896, por ocasião das Celebrações do Milénio (dos 1000 anos passados da conquista dos Magiares), merece uma visita.
Símbolo do auge económico da cidade e fruto de orgulho nacional, o castelo é composto por vários edifícios exemplificativos de várias épocas: a Capela Ják, de inspiração medieval; a fachada barroca do museu da agricultura; e a maior estância termal da Europa, de inspiração neobarroca. Já fora do parque fica o Museu de Belas Artes e a grandiosa Praça dos Heróis, dominada pelas altíssimas estátuas de figuras ilustres da História da Hungria.
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Descendo a Avenida Andrássy, vai passar por inúmeros museus e academias de arte, até chegar à ilustre Ópera Nacional, construída para rivalizar com os salões de Viena, Paris ou Praga. A partir daqui, estará no centro de Peste, onde a agitação é constante.
Aproveite para visitar a Basílica de Santo Estêvão, em homenagem ao primeiro rei católico da Hungria, cuja cúpula verde é visível de toda a cidade. Entretanto, não deixe de visitar a Rua Váci, que é, porventura, a mais dinâmica de dia e de noite, graças a lojas, esplanadas, cafés e hotéis. Na Praça József Nádor fica a Pastelaria Gerbeaud, que é ideal para um lanche sem hora marcada.
Na avenida paralela à Rua Váci fica uma longa marginal, entre a Ponte Isabel e a Ponte das Correntes, com hotéis, esplanadas e uma excelente paisagem para o lado esquerdo do Danúbio (Buda) com o Palácio Real.
Buda, Miradouros, ruelas, o Palácio Real e a Igreja de Mátyás
Do outro lado do rio, depois de passar a Ponte das Correntes, vai encontrar o Bairro do Castelo, 60 metros acima da linha do Danúbio. Assim que passar a ponte e antes de começar a subir, olhe para trás: lá está o imponente Parlamento Húngaro neogótico, saturado de pináculos e com uma cúpula erguida a 96 metros de altura.
Continuando a subida da colina de Buda, vai encontrar o Palácio Real e a Cidade Velha, com o Bastião dos Pescadores (que não deixa de ser um excelente miradouro) e a Igreja de Mátyás, de inspiração neogótica. Aproveite para passear também pela Rua dos Lordes, com casas de origem medieval onde viveram aristocratas e mercadores.
Para apreciar a melhor paisagem sobre a cidade, suba à Colina Gellért, por entre um agradável jardim. Visite a Igreja da Gruta, aprecie a estátua de S. Gellért, o bispo mártir padroeiro da cidade, e termine no Monumento da Libertação: uma grandiosa estátua de uma mulher segurando uma folha de palma, que domina a paisagem da cidade por estar colocada no ponto mais alto. A partir daqui, terá a melhor paisagem possível de Budapeste e dos seus palácios, museus, teatros e igrejas.
Sabores da Hungria
Se há algo absolutamente característico da gastronomia húngara é o uso constante de paprica (pimentos picantes vermelhos, amarelos ou verdes) e malaguetas. Daí o tom normalmente avermelhado dos seus pratos típicos e também a venda exagerada de paprica em lojas de souvenirs. A melhor forma de acompanhar estes pratos quentes será com um bom vinho húngaro, de uma das treze regiões demarcadas do país. Experimente também a Palinka, uma bebida destilada feita à base de damasco, cereja ou ameixa, e Unicum, um licor amargo de ervas.
Ir a banhos
Budapeste é uma das maiores cidades termais da Europa e “ir aos banhos” faz parte da cultura húngara. Hábito imensamente explorado no tempo do Império Turco, a cidade oferece variadas opções termais de lazer ou mesmo terapêuticas. De um total de mais de 30 piscinas públicas e banhos termais, com entradas acessíveis subsidiadas pelo Estado, gastar um dia a cuidar do seu relaxamento vai valer a pena.
Os mais famosos são os banhos Széchenyi, no Parque da Cidade, com as águas mais quentes e debruçados sobre um magnífico palácio barroco; os banhos Rudas, na Colina de Gellért, e Király, no Bairro do Castelo, devido à conservação das características otomanas, e os banhos Gellért, que fazem parte de um enorme complexo termal com hotel construído à beira do Danúbio.
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Clima
Temperado continental, geralmente com temperaturas amenas. A melhor altura para visitar esta cidade+ é entre Março e Junho e entre Setembro e Novembro. Em Julho faz demasiado calor e em Dezembro as temperaturas são, muitas vezes, negativas.
Documentos
Cartão de cidadão
Outras Informações
Moeda Forints húngaros Idioma Húngaro. O inglês é amplamente falado nas zonas turísticas, embora nem sempre de forma percetível. Fuso horário UTC/GMT -1/-2 horas