Jordânia. Um oásis de história, cultura e experiências no reino das Mil e Uma Noites

Jordânia. Um oásis de história, cultura e experiências no reino das Mil e Uma Noites

Jordânia. Um oásis de história, cultura e experiências no reino das Mil e Uma Noites

Artigo de Redação 05-09-2023

05-09-2023


A Jordânia fica localizada no vale do rio Jordão, entre o Egito, a Arábia Saudita, o Iraque, a Síria, Israel e a Cisjordânia. É considerado pela comunidade ocidental como um exemplo de paz e estabilidade na região devido às suas posições perante o conflito israelo-palestiniano.

Constituído como país independente depois da II Guerra Mundial, tornou-se no que é hoje muito graças ao papel e ao carisma do rei Hussein, falecido em 1999. Figura incontornável no Médio Oriente, foi o responsável por alguns passos essenciais no caminho pela paz e segurança nesta conturbada região do Mundo.

Talvez por isso, mas não só, o país seja hoje um dos destinos turísticos mais procurados. Oferece a segurança que nenhum outro país vizinho pode oferecer e é, por si só, um monumento vivo da História da Humanidade. Foi residência de Amonitas, Amorreus, Coabitas e Edomitas e a partir do Séc. VII a. C., reino dos Nabateus.

Destes restou, entre outras coisas, uma das Sete Maravilhas do Mundo, a famosa, e em tempos perdida, cidade de Petra. Mais tarde, o território foi ocupado por Egípcios, Assírios, Persas, Gregos, Romanos, Árabes, Cruzados e Turcos-otomanos. Tudo isto faz da Jordânia um jardim de monumentos de valor incalculável.

Mas não só de História se faz o país da atual rainha, Rânia (esposa do rei Abdullah II, filho de Hussein). Enquanto percorre os inúmeros locais de culto que a Jordânia tem, pode também desfrutar de longos passeios de camelo pelo deserto, banhos de flutuação no mar Morto, boa comida, boa música e uma hospitalidade acolhedora que surpreende todos os visitantes. Deixe-se levar pelo imaginário das Mil e Uma Noites e parta à descoberta deste oásis.

Capital de contrastes

Amã é uma cidade com 5 mil anos de história onde o passado vive de forma harmoniosa ao lado do presente e do futuro. Hoje é o espelho de uma nação equilibrada e orgulhosa, que tem vivido tempos de paz e crescimento nas últimas décadas. A cidade está assente em colinas entre o deserto e o fértil vale do rio Jordão e, apesar de algumas falhas no ordenamento do território, é clara a divisão entre a zona mais antiga e a zona moderna. É o ponto base ideal para visitar todo o país.

Leia também: Izmir, a pérola do Egeu

Cerca de 50% da população vive e trabalha na capital, o que justifica o ritmo alucinante de pessoas e carros a todas as horas do dia. A baixa da cidade é onde se concentram os monumentos e onde tudo acontece. Está repleta de pequenas lojas que vendem desde jóias até objectos de uso doméstico. Aprenda a regatear com os vendedores. Eles já sabem que o vai fazer e podem descer os preços até menos 80%. Ainda assim, não insista quando se tratam de artigos mais acessíveis.

Um ou dois dias deverão ser suficientes para conhecer os pontos mais importantes da cidade. Do legado romano, às mesquitas, deixando tempo para compras e para um banho turco, a cidade tem de tudo para oferecer aos turistas e tem a localização perfeita para quem quer conhecer os outros pontos do país. As pessoas são prestáveis e simpáticas, falam inglês com alguma facilidade e dão informações sobre locais que deve visitar e conselhos de como ir até ao sítios.

O que visitar em Amã?

Pode começar pela Mesquita El-Malek Abdullah que, graças ao seu domo azul turquesa, pode ser avistada de quase qualquer ponto da cidade. O Teatro Romano é outro ponto obrigatório. Fica no centro histórico onde se concentram os maiores vestígios da ocupação romana. A estrutura foi erguida no ano 170 d.C. e tinha capacidade para quase seis mil pessoas.Num dos pontos mais altos fica a Cidadela que são as ruínas onde, na Antiguidade, se concentravam os poderosos de Amã. Ainda há colunas de um templo dedicado a Hércules e muitas outras construções.

Vale a pena a visita e ainda ganha pela vista soberba sob a cidade. Para os apaixonados por arqueologia, é indispensável a visita prolongada ao Museu Arqueológico que abriga as peças mais raras e valiosas do país. Para terminar em beleza a sua estadia na capital, aproveite e experimente o típico banho turco no complexo Al Pasha. O serviço completo inclui banho, sauna, jacuzzi, esfoliação e quarenta minutos de massagem.

Petra, a cidade esquecida

A 260 km de Amã fica Petra, a cidade de pedra inserida em grandiosas montanhas vermelhas, que é uma das Sete Maravilhas do Mundo. Inspiração para cenários de filmes de aventuras, a cidade dos Nabateus, uma tribo nómada da arábia, resistiu ao passar dos séculos. E, apesar de ter estado esquecida na História, e de ser considerada uma lenda (como Tróia ou a Atlântida) durante quase 1200 anos, foi redescoberta em 1812 por um jovem explorador suiço e é hoje um monumento indescritível.

O caminho até lá é feito através do Siq, um estreito e sinuoso percurso de cerca de um quilómetro, construído por entre dois enormes desfiladeiros distanciados por não mais de dois metros No final deste caminho, a luz deixa adivinhar a chegada a um destino de cortar a respiração a qualquer viajante: a vista de uma grandiosa fachada esculpida no arenito, de uma elegância, simetria e grandiosidade ímpares.

Lá dentro ficam as ruínas da famosa Câmara do Tesouro, ou Al-Khazneh. Depois, abre-se um vale que conduz às ruínas do centro da cidade de Petra. Aqui reside a necrópole, um grandioso anfiteatro romano, e uma longa escadaria (de 45 minutos de percurso) esculpida na montanha que leva ao Al-Madbah é a melhor paisagem que se pode imaginar… Segue-se depois pela avenida principal e passa-se pelos túmulos reais, terminando no pátio sagrado, nas ruínas do Grande Templo e do Qasr al-Bint. A visita termina com outra grande subida (de 45 minutos) até ao mosteiro Al-Deir, que se assemelha à Câmara do Tesouro, mas que o excede em grandiosidade – é todo esculpido em arenito de tons vermelhos rosados, de uma antiguidade quase desconhecida. Único e estonteante!

Deixe-se flutuar

Imagine-se a flutuar sem o mínimo esforço e de forma natural. Existe um único sítio do Mundo onde isso acontece: o mar Morto. É um enorme lago salgado com cerca de 65 quilómetros de comprimento e 18 de largura. A sua composição extremamente salgada, com cerca de seis vezes mais sal do que qualquer outro mar, permite que o corpo flutue naturalmente. A sensação é indescritível. Para além disso, as propriedades destas águas têm sido procuradas ao longo dos séculos devido aos efeitos benéficos na saúde da pele e não só. Não vai conseguir nadar, mas tente não imergir os ouvidos e os olhos. E não dispense um duche de água doce no fim de ter estado a boiar nestas águas. A camada de sal que se cola à pele é extremamente desconfortável.

Ao longo da costa terá à sua disposição inúmeros hotéis, uma praia pública e vários SPA, que exploram os benefícios desta salinidade através de tratamentos de climaterapia e talassoterapia, bem como de balneoterapia, que assenta nos poderes curativos da lama, particularmente rica em cálcio, magnésio, bromo, iodo e betume. Curiosamente, o mar Morto é um sítio único também por ser o ponto mais baixo do Planeta, com uma altitude negativa de 408 metros.

Sabores do deserto

A gastronomia árabe faz as delícias dos visitantes. O prato mais típico da cultura jordana é uma especialidade à base de arroz e carne de borrego, confecionada em iogurte e temperada com ervas aromáticas, que dá pelo nome de mansaf. Normalmente, é decorada com pinhões e amêndoas, mas não se admire se lhe servirem a refeição com a própria cabeça do animal…

Tradicionalmente é servido num grande prato, de onde todos os presentes comem com as mãos. As regras? Usar só e apenas a mão direita, depois de lavada, e nunca voltar a colocar a comida no prato. Aventure-se nesta delícia e, no fim, não deixe de provar um pouco de árak, a aguardente típica dos países desta região, destilada em anis, cujo volume de álcool pode chegar aos 80 por cento.

Ao contrário da maioria dos outros países árabes, em que devido à lei islâmica é difícil encontrar locais que vendam bebidas alcoólicas, na Jordânia é mais ou menos fácil, principalmente em cidades grandes com uma maior percentagem de cristãos.

A íris negra

A Natureza tem sempre algo de extraordinário e na Jordânia parece ser sido especialmente generosa. A dureza do sol do deserto, o vento e a escassez de água criaram uma flor tão sublime que não deixa os visitantes indiferentes. A íris negra cresce, normalmente, nas paisagens entre Madaba e Karak e os seus tons de preto, castanho-escuro e púrpura não deixam ao acaso o facto de ser símbolo nacional, numa imagem feminina de pura elegância e fragilidade.

Percorra a galeria e veja mais fotos da Jordânia.

< >

Guia do viajante

Onde ir

Jerash
Karak
Madaba
Monte Nebo
Petra
Mar Morto
Wadi Rum
Aqaba

Onde comer

Fakhreldin Restaurant ???? ??? ?????
Petra Kitchen
?? ????? ?????- Le Gemelle Pizza
Red Sea Grill
Queen Ayola

Onde ficar

Grand Hyatt Amman
Le Meridien Amman
Regency Palace Amman
Grand Palace Hotel
Ramada by Wyndham Jordan/Beacon Harbourside Resort
Landmark Amman Hotel & Conference Center
InterContinental Amman
Amman Marriott Hotel
Golden Tulip
Crowne Plaza Jordan Dead Sea Resort & Spa
Mövenpick Resort & Spa Dead Sea
Kempinski Hotel Amman Jordan

Clima

O clima é mediterrânico semi-árido com sol, sem nuvens e com noites frescas. Entre Novembro e Abril a temperatura média é de 12º C e entre Maio e Outubro é de 23ºC. Não dispense um chapéu e óculos de sol durante o dia e leve um bom casaco para a noite.

Documentos

Passaporte com validade mínima de seis meses e visto.

Outras Informações

Moeda Dinar jordano Idioma O árabe é língua oficial, mas o inglês é amplamente falado. Fuso horário UTC/GMT: +2/+3 horas

Partilhar Artigo