Chernobyl: do maior acidente nuclear da história até ao “boom” do turismo

Chernobyl: do maior acidente nuclear da história até ao “boom” do turismo

Chernobyl: do maior acidente nuclear da história até ao “boom” do turismo

Artigo de Redação 19-10-2023

19-10-2023


Antes de a guerra entre a Ucrânia e a Rússia ter começado, há quase dois anos, o governo ucraniano tinha anunciado a implementação de um “corredor verde” para turistas na zona de exclusão de Chernobyl, o local onde ocorreu o maior acidente nuclear da história.

Na altura, o presidente do país, Vladimir Zelensky, suspendeu igualmente a proibição de fotografar. “Assinei um decreto que será o início da transformação da zona de exclusão num dos pontos de crescimento da nova Ucrânia. As autoridades vão criar um corredor verde para os turistas. Ou seja, uma passagem segura e autorizada “, afirmou Zelensky durante uma visita de trabalho à região de Kiev, onde fica Chernobyl.

“As autoridades vão criar um corredor verde para os turistas, ou seja, uma passagem segura e autorizada”

O dia negro de abril de 1986
O desastre de Chernobyl foi o pior acidente nuclear da história, tendo ocorrido no reator número 4 da Usina Nuclear de Chernobyl, perto da cidade ucraniana de Pripyat, na Ucrânia soviética, em abril de 1986. Foi libertado uma grande quantidade de material radioativo na atmosfera e foram contaminados muitos países. Pripyat era a cidade mais próxima de Chernobyl e era lá que viviam os funcionários da central nuclear e as suas famílias. Na altura do desastre, a cidade foi evacuada e hoje em dia quase ninguém mora lá.

Os países mais afetados foram a Ucrânia, a Bielorrússia e parte da Rússia. Mas a radioatividade chegou à Europa Oriental, à Escandinávia e a países da Europa Central, como a Suíça e a Áustria.
O desastre teve como consequência o aumento das taxas de cancro entre crianças e adultos, assim como a defeitos congénitos. Logo após o desastre, a União Soviética estabeleceu uma zona de exclusão sobre uma área de cerca de 1,6 mil km². Na atualidade, a zona continua a ser a região mais contaminada do mundo.

Os perigos da radiação não impediram que a área fosse muito visitada

Muitas pessoas já passavam pelo local
No entanto, os perigos da radiação não impediram que a área fosse muito visitada, mesmo antes desta medida do governo ucraniano em inaugurar uma “área verde”. Há muitas pessoas que ali passam diariamente, mas para isso têm de estar acompanhadas por um guia.

Há uma série de regras de segurança a cumprir. Não é permitido encostar nas paredes nem sentar no chão. E estão fora do roteiro os chamados “hot spots”, áreas em que a radiação é mais elevada, como lugares fechados e pontos que acumulam água. É proibida a entrada de menores de 18 anos e não é permitido usar manga curta, calções e sapatos abertos.

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E a verdade é que esta zona de exclusão não é nada feia, ao contrário do que se poderia pensar. Não faltam árvores, bem como espécies animais e vegetais que, ironicamente, encontraram neste local maldito um ótimo local para viverem e se reproduzirem.

Aguarda-se o fim da guerra para poder voltar a visitar aquele local

Espera-se que após o final da guerra, ainda sem fim à vista, o número de turistas sofra um novo “boom” nas rotas turísticas que já estão desenhadas, incluindo caminhos de água. Zelensky sublinhou, na altura da abertura Chernobyl ao público, que este era um “local único no planeta. Em que natureza sobreviveu a um desastre causado pelo homem e onde existe uma autêntica cidade fantasma”, acrescentando que “é preciso mostrar este sítio ao mundo, não só a cientistas, ecologistas e historiadores, mas também a turistas”.

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