Janeiro de Cima, uma encantadora aldeia de xisto nas margens do Zêzere

Janeiro de Cima, uma encantadora aldeia de xisto nas margens do Zêzere

Janeiro de Cima, uma encantadora aldeia de xisto nas margens do Zêzere

Artigo de Redação 25-09-2023

25-09-2023


Janeiro de Cima, localizada na margem esquerda do Zêzere, perto do Fundão, é uma bela aldeia de xisto que vale a pena conhecer. Com ruas sinuosas, as suas pequenas casas fazem-nos viajar no tempo. A arquitetura em xisto apresenta a particularidade de incluir seixos brancos, provenientes do leito do rio Zêzere.

As primeiras casas da aldeia cresceram em redor da Igreja Velha e é dali que saem um conjunto de ruas estreitas, que vão desembocar em becos e ruelas, numa estrutura medieval de grande valor patrimonial. Um cenário lindíssimo para explorar com tranquilidade e sossego.

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O local mais emblemático da povoação é a Igreja Velha, construída no século XVIII. Fica no centro da aldeia e apresenta três altares em talha e um arco cruzeiro de volta perfeita. No século XX, foi construída a Igreja Nova, de maiores dimensões, para receber as pessoas que desejavam assistir à missa.

A Casa das Tecedeiras e a Capela de São Sebastião

Enquanto passeia pela aldeia vai cruzar-se com a Casa das Tecedeiras, um espaço onde se reinventa a tradição do linho, apostando em peças de design moderno. O local funciona como loja e como centro interpretativo, com os visitantes a terem uma noção do ciclo do linho e, inclusivamente, a poderem experimentar o tear antigo.

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As trabalhadoras da Casa das Tecedeiras são habitantes das aldeias de xisto e produzem artigos de vestuário e acessórios de moda, mas também roupa de casa e peças decorativas. Outro local a visitar é a Capela de São Sebastião, reconstruída no século XX sobre um templo pré-existente, datado do século XVI.

Três edifícios históricos e a Roda de Janeiro

Entre os edifícios de Janeiro de Cima, destacam-se três, devido às suas características arquitetónicas. Um portal em granito trabalhado e janela de avental e outros dois com janela de avental. Monumento curioso que não passa despercebido é a Roda de Janeiro, construção que evoca tradições antigas de rega. Demonstra como os habitantes da aldeia aproveitavam o movimento do rio, retirando do seu leito as águas para regar os terrenos de cultivo. Hoje em dia, a roda continua a girar.

A banhos no Zêzere

Como já referimos, Janeiro de Cima fica na margem esquerda do rio Zêzere. Ao longo da história, nunca faltou água para a rega dos campos e para os moinhos. Hoje em dia, o Zêzere é essencialmente uma zona de lazer, proporcionando banhos retemperadores no seu Parque Fluvial. No verão, a água atinge temperaturas bastante agradáveis.

Alojamento e gastronomia

É possível pernoitar em Janeiro de Cima, na Casa Cova do Barro. Reconstruída a partir de uma propriedade agrícola, divide-se em dois pisos servidos por escadas ou elevador. No piso 1 situa-se a receção, uma suíte e quatro quartos duplos. No piso 0 fica a sala de convívio e refeições, equipada com lareira. Existe ainda uma mesa de snooker, jogos de tabuleiro, televisão e DVD com filmes. Os preços por noite variam entre os 50 euros (quarto individual), 60 euros (quatro duplo) e 70 euros (suíte). Para degustar os sabores tradicionais, vá ao Restaurante O Fialho, no coração da aldeia. Entre os pratos, destacam-se o bacalhau, o cabrito a chanfana e os maranhos.

Percorra a galeria e veja mais imagens de Janeiro de Cima.

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