Luanda: A baía dá-lhe as boas-vindas

Luanda: A baía dá-lhe as boas-vindas

Luanda: A baía dá-lhe as boas-vindas

Artigo de Redação 20-09-2018

20-09-2018


Luanda recupera ainda dos longos e difíceis anos da guerra civil, que deixaram muitas marcas na cidade, mas não perdeu o encanto das suas belezas naturais nem de uma atmosfera única, marcada pela presença portuguesa, mas onde a cultura e a identidade africanas estão também fortemente vincadas.

Dois grandes rios, o Bengo e o Kuanza, do qual deriva o nome da moeda nacional, cortam a província e originam planícies aluviadas. Anteriormente designada por São Paulo de Luanda, foi fundada em 25 de janeiro de 1575, pelo capitão Paulo Dias de Novais, que, ao desembarcar na ilha do Cabo, encontrou uma numerosa população nativa.

Praias calmas ou mais agitadas, de areias brancas e finas, planas ou repletas de dunas, compõem um quadro de rara beleza. Cada vez mais um grande centro de negócios, Luanda assume-se, também, como um destino turístico em crescendo para quem procura sol, praia, cultura, Natureza, aventura e diversão. Com uma dinâmica estonteante, é porta de entrada para um novo mundo, com cheiros e sabores únicos.

Ao chegar a Luanda de avião, a baía dá-lhe as boas-vindas com toda a sua beleza. É o primeiro contacto com uma cidade em grande crescimento e desenvolvimento, com traços europeus
e africanos.

Partir à aventura

Entre num novo mundo de aventuras a partir de Luanda. Angola é um imenso país à espera de ser descoberto, onde é possível visitar, de uma forma organizada, algumas belezas naturais e usufruir de atividades mais radicais e outras mais tradicionais, como a caça e a pesca.

O safari é, talvez, a melhor forma de juntar a aventura e a contemplação da exuberante fauna e flora angolanas. Existem várias empresas que organizam safaris em veículos todo-o-terreno, que podem durar até sete dias, com saída de Luanda e passagem por Malanje, Kalandula, Sumbe, Porto Amboim e Kissama. No Parque Nacional de Kissama pode encontrar elefantes, zebras, búfalos e antílopes, um paraíso para os ecoturistas.

Para os que preferem o mar não será difícil encontrar uma empresa que organize atividades de pesca desportiva em mar alto. A Casa dos Flamingos, na costa sul, organiza diversas ações, como expedições de pesca ao tubarão, mergulho, observação de golfinhos e baleias, caminhadas e passeios de moto-4.

No Mussulo, principal zona de praia da capital angolana, pode usufruir de todos os desportos náuticos, com ou sem motor. Para os praticantes de surf há diversas praias com boas ondas, como cabo Ledo, que fica a apenas uma hora de Luanda e já atrai surfistas de todo o mundo. Neste local, pode também fazer observação de aves. No planalto do Huambo encontra florestas e montanhas ideais para safaris fotográficos e para a prática de BTT, escalada, canoagem e pesca. Igualmente perto da capital fica a Reserva Natural Integral do Ilhéu dos Pássaros, local habitual de repouso de aves migratórias.

As praias são verdadeiros paraísos tropicais

Com areias brancas, águas tépidas e condições muito favoráveis à prática do surf e outros desportos náuticos, as praias de Luanda permitem horas bem passadas em ambientes mais animados e povoados ou em locais quase desertos. O clima permite que quase todos os dias sejam bons para ir à praia e as paisagens naturais criam a sensação única de um paraíso tropical, com a vantagem de não terem ainda as enchentes turísticas de outros destinos.

As praias do Mussulo são muito procuradas pelos habitantes locais, sobretudo durante as férias e os fins de semana, e basta olhar para a paisagem para ser perceber porquê. Neste banco de areia com 30 km de extensão existem duas realidades diferentes: na parte continental estão praias com centenas de coqueiros e várias estruturas de apoio, incluindo restaurantes e hotéis, adequadas para a prática de desportos ligados ao mar. Do outro lado, voltado para o oceano Atlântico, as areias brancas estão praticamente desertas, o que proporciona momentos de grande tranquilidade a quem gosta de ter espaço para estender a toalha. Nesta zona piscatória as águas são mais agitadas, pelo que é necessário ter algum cuidado.

Existe um serviço regular de barcos aos fins de semana que permite chegar a estes locais. Inigualável é também a beleza da praia de Palmeirinhas, onde fica o Miradouro da Lua, um conjunto de falésias talhadas pela erosão natural, que constitui uma das paisagens mais extraordinárias do país.

A praia de Palmeirinhas é bastante extensa, sendo um bom local para quem gosta de praticar surf. As praias de Corimba, Bengo, Cacuaco, Santiago, Pambala, Cabo Ledo e Ambriz, situadas fora da cidade, também são famosas.

Comprar artesanato típico

Os mercados são ideais para sentir o espírito de África e para encontrar peças de artesanato típicas de várias etnias, mas existem também lojas de luxo e outros espaços onde se encontram bons presentes e recordações.

Até há pouco tempo, o Mercado do Roque Santeiro era um dos lugares mais típicos e procurados de Luanda. Em setembro de 2010, o espaço foi desmantelado e muitos vendedores passaram para zonas como Panguila, Congoleses, São Paulo, Asa Branca e Kikolo, onde continuam a vender um pouco de tudo. As peças de artesanato podem ser uma boa solução para quem quer comprar presentes e recordações de viagem. Os artigos em madeira, bronze, marfim ou cerâmica são os mais comuns e estão bastante ligados às diversas etnias deste país.

Esculturas como O Pensador e as máscaras Mwana-Pwo estão na lista dos mais procurados pelos turistas, pelo que é necessário ter cuidado com as imitações, geralmente, mais perfeitas do que as peças originais. O Mercado do Futungo, que funciona aos domingos, é um dos melhores locais para encontrar artesanato. Há que procurar bem entre os artigos oferecidos por vendedores vestidos com trajes tribais, porque entre as peças mais standard encontram-se, ocasionalmente, algumas raridades. Ali perto, a Feira Artesanal de Belas é um bom local para comprar roupa típicas angolana. O Mercado do Kinaxixe e a Feira do Bairro Benfica são outros mercados tipicamente africanos. Os apreciadores de música africana podem aproveitar a viagem a Luanda para procurar discos que raramente se encontram disponíveis fora do país.

Os ritmos contagiantes do kizomba, semba, redita e kuduro

Começar a noite com um jantar ao pôr-do-sol tendo como paisagem a baía de Luanda é a melhor forma de entrar no ambiente festivo da capital angolana, que tem nos bares com música ao vivo e nas discotecas com ritmos africanos um epílogo perfeito. Em Luanda, a vida noturna é intensa, especialmente quando se aproxima o fim de semana. O Palos e o Bingo são duas das discotecas mais escolhidas por quem quer dançar. Para quem prefere apenas beber um copo e conversar com amigos, as opções podem passar por bares como o D. Quixote ou o Maiombe.

Os ritmos de kizomba, semba, redita e kuduro marcam a noite angolana e mesmo quem não tem muito jeito para a dança não consegue ficar indiferente a estes sons contagiantes. A maior parte dos bares, restaurantes e discotecas fica dentro dos limites da cidade ou na ilha do Cabo.

Na Baixa de Luanda fica o Teatro Elinga, um centro cultural com uma programação regular, que inclui concertos e exposições. O Bahia, situado na marginal, é outro local muito procurado. Para quem gosta de dançar, o Mukua é uma das discotecas mais famosas. Para experimentar os ritmos da kizomba o local mais indicado é a discoteca Maiombe, perto do Estádio da Cidadela.

O Jango Veleiro, na ilha do Cabo, é o sítio ideal para terminar a noite, já que está aberto até de manhã. Aqui a animação acontece, sobretudo, nas noites de sexta-feira e sábado.

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Guia do viajante

Onde ir

Miradouro da Lua
Palácio de Ferro
Museu Central das Forças Armadas
Kissama
Sumbe
Praias do Mussulo

Onde comer

Lookal Marisqueira
Restaurante Pimms
Coconuts
Oon Dah
Bistro Grill
Tia Maria

Onde ficar

Mubanga Lodge
Quinta da Quimbela
Complexo Turístico Paradíseos
Hotel Palm Beach
Royal Plaza Hotel
Hotel Vila Alice
Skyna Hotel
Hotel 3J Qualidade & Exceléncia
Hotel Presidente
Mulemba Sunsil Hotel

Clima

O seu clima é tropical, com temperatura média de 24° C e duas estações: a das chuvas (de setembro a maio) e a da seca (de junho a agosto).

Documentos

O passaporte deve ser válido, pelo menos, pelo período de seis meses, a contar da data de entrada em Angola. Antes de viajar, deverá obter um visto. A obtenção deste documento na Embaixada de Angola, em Lisboa, pode demorar três semanas. Faça também um seguro de viagem.

Outras Informações

Moeda Kuanza Idioma Português. Existem mais 42 línguas, entre as quais o umbundo, o quimbundo (ou kimbundu) e o quicongo (ou kicongo), que são as mais faladas. Dar “gasosa” (suborno) ainda é prática corrente para muitos angolanos, embora o sistema comece a cair em desuso nos procedimentos de embarque e desembarque no aeroporto. A criminalidade é real – geralmente, é constituída por pequenos roubos por esticão (malas, telemóveis, máquinas fotográficas), embora possam surgir situações originais, como o roubo de cabelos! Evite comprar grandes peças de artesanato fora das lojas oficiais, já que as mesmas têm de levar um selo (no valor de 50 kwanzas), que é obrigatório apresentar no dia do embarque. Evite, igualmente, levar fruta em grandes quantidades ou colocar ananases na bagagem (já foram confundidos com bombas!). Não precisa de trocar dinheiro em moeda local, porque poderá pagar praticamente tudo em dólares (pode é receber o troco em kwanzas). Gaste todos os kwanzas antes de partir, dado que é proibido exportar a moeda local e os montantes encontrados podem ficar retidos no aeroporto.

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