A pressão que o turismo exerce, sobre determinados destinos, está a fazer com que alguns deles comecem a limitar a entrada de turistas. Um deles é a Polinésia Francesa, no pacífico. Conhecidas pela beleza da sua fauna e flora, marinhas, estas ilhas francesas querem limitar o número anual de visitantes a 280 mil visitas, até 2027.

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Na Europa, a região da Sardenha, em Itália, afina-se pelo mesmo diapasão, de forma a proteger a preservar a vida local e a qualidade do seu mar. Para manter os seus patamares de qualidade em alta, a comunidade de Baunei decidiu limitar o número de visitas diárias dos milhares de turistas que ali acorrem para banhar-se nas suas praias.

Esta decisão afeta algumas das praias mais famosas da região. Duas delas são Calla dei Gabbiani e Cala Biriala, que estão limitadas a 300 visitantes por dia. Uma outra, Cala Mariolu, com uma extensão de areia maior, permite apenas 700 visitantes diários. Por fim, a famosa Cala Goloritze, que apenas pode ser visitada de barco e a pé (para os mais corajosos), exige o pagamento de 6 euros.

Entrada de turistas exige marcação com mínimo de 72 de antecedência

Mas as exigências não se ficam por aqui. Quem quiser visitar os referidos locais terá de fazer uma marcação até 72 horas antes da chegada numa aplicação com o nome de Cuore di Sardegna. As restrições estendem-se ainda à vila de Stintinto, no lado oposto da ilha. Aqui, na famosa e sobrecarregada praia de La Pelosa, as entradas estão agora limitadas a 1500 pessoas por dia e a um bilhete de entrada de 3,5 euros.

Acrópole de Atenas limitada a 20 mil pessoas por dia

A cidade grega de Atenas decidiu acabar com a invasão de turistas à sua Acrópole e baixou a quota para 20 mil turistas, por dia, naquele lugar histórico. Há quem defenda que este valor ainda é muito alto, uma vez que, apesar das medidas, continuam a passar por aquele local 23 mil pessoas, todos os dias.

Monte Isola, uma pérola italiana escondida no meio de um lago

Para reforçar a medida, as autoridades querem limitar o número de visitantes através da atribuição de faixas horárias. Desta forma pretendem distribuir os picos de visitas, que ocorrem maioritariamente de manhã para evitar o calor. Esta regulamentação vai ser feita através de um sistema de reservas, que irá estar pronto para começar a ser usado em 2024.

Medidas de restrição chegam ao Japão

O excesso de visitas ao Monte Fuji, no Japão, estão a levar as autoridades a pensar tomar medidas para proteger um dos seus locais mais emblemáticos. Dizem os japoneses que toda a gente deve subir o Monte Fuji uma vez na vida, mas nunca referiram que isso se estendia a pessoas fora do país, o que tem vindo a acontecer em larga escala desde que as fronteiras foram abertas, a seguir à pandemia.

Segundo dados publicados pela Travel Anda Leisure Asia, só este ano acorreram àquele local 4 milhões de turistas, sendo que apenas um quarto deles era japonês. Este número elevado está a fazer as autoridades ponderar em limitar o número de visitas a um dos locais protegidos pela UNESCO.

Travão na ilha Indonésia de Bali

Aguarda-se a qualquer momento a entrada em vigor de várias medidas para limitar a chegada de passageiros à ilha de Bali. Para se perceber a pressão que o turismo exercer sobre esta ilha, só no mês de julho aterraram aqui mais de meio milhão de pessoas, uma subida de mais de 13% face a junho. No total, mais de três milhões de turistas passaram por Bali desde o início de 2023.

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As medidas para controlar esta “pegada gigante” passam por limitar o número de visitantes. Mas há mais. O governador de Bali não quer exceder a quota anual de 7 milhões de visitantes e a partir de 2024, que chegar à ilha terá de pagar uma taxa de 10 dólares, que acumula com a taxa a rondar os 30 euros, que se paga para entrar no país.

O Mundo está a mudar e são esperadas mais medidas destas um pouco por todo o Mundo.

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